Brasil

PF desarticula associação criminosa envolvida com comércio ilegal de madeira

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Publicado em 23 de novembro de 2022 às 11:29 | Atualizado há 2 anos

A Polícia Federal deflagrou, nesta
quarta-feira (23/11), a Operação Quebra-Galho, que tem como objetivo
desarticular quadrilha responsável por desmatamentos na Terra Indígena
Xerente, localizada em Tocantínia/TO. A operação contou com o apoio da
Polícia Militar, Centro Integrado de Operações Aéreas-CIOPAER/TO e da
Fundação Nacional do Índio – FUNAI.

Ao todo, 52 policiais federais
cumpriram seis mandados de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara
Federal de Palmas/TO, nos municípios de Tocantínia/TO, Rio Sono/TO e em
Pedro Afonso/TO.

As investigações revelaram que vem
ocorrendo, de forma sistemática, desmatamentos nas aldeias indígenas da
etnia Xerente há vários anos. Indígenas e não-indígenas, casados com
indígenas, estão praticando o desmatamento e a venda ilegal de madeira
para comerciantes e atravessadores de cidades próximas às aldeias.

Até o presente momento foram
identificados 16 suspeitos de terem participação ativa nos desmatamentos
e comércio da madeira retirada ilegalmente.

Os atravessadores compram a madeira
derrubada e fornecem insumos aos índios, como motosserras, gasolina,
transporte e demais materiais necessários para a extração ilegal do
vegetal.

Com o cumprimento das medidas
pretende-se identificar todas as pessoas que têm envolvimento com os
crimes ambientais ocorridos, bem como os compradores finais da madeira
(receptadores).

Os envolvidos poderão responder pelos
crimes de desmatamento de florestas em terras de domínio público,
associação criminosa e receptação, cujas penas somadas podem chegar a 10
anos de reclusão.

Quebra-Galho é um recurso a que se
recorre para resolver problemas ou dificuldades. É uma alusão ao nome do
local onde ocorreu grande parte do desmatamento objeto desta
 investigação, ou seja, no entorno do córrego Galho Grande, na mata
Jenipapo – TI Xerente, Tocantínia/TO.


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