Brasil

Político ladrão comigo é na cadeia

Redação DM

Publicado em 30 de abril de 2016 às 01:02 | Atualizado há 9 anos

Vendo a verdadeira depravação com que os brasileiros estão sendo tratado por um governo, anódino, amorfo, moribundo e cuja titular ainda tem o desplante ficar alardeando que está sofrendo um golpe, por incrível que pareça, por parte daquele que é o seu substituto legal e que, por tal motivo, ficou em seu lugar enquanto ele foi discursar na ONU, inclusive com uma claque de sem terras, conforme se viu em redes sociais, ficando um questionamento: sem terra que tem dinheiro e posses suficientes para obter visto de ingresso no EUA, estranho, para lá de estranho!

É por deveras hilário se não soasse como tripudiarão, um grande sarcasmo e menosprezo à inteligência de praticamente a metade do povo brasileiro (quase cinquenta por cento que repudiou a continuidade disso aí nas eleições de 2014), esse escumalha que se apoderou dos cofres públicos das mais engenhosas formas (mensalão, petrolão, fundos de pensões, BNDEs, etc), ficar incentivando alguns desinformados, pobres coitados para propagar e defender a ideia de golpe, quando o próprio governo, objeto do impeachment, recorre à lei, dentro da legalidade, para tentar se livrar dele, o qual tem previsão da nossa Lei Maior, a Constituição Federal.

Que golpe é esse? De certo modo tem eles razão, pois é um golpe sim (contra os “is”), mas à imoralidade, à ingovernabilidade, à incompetência e às ilicitudes praticadas nos mais diversos escalões desde que um bando de corruPTos se assentaram em postos chaves para dilapidar o Erário se, com o conhecimento ou não, da chefe do executivo federal, ainda não ficou devidamente comprovado, mas se busca chegar a isso conclusivamente.

O acolhimento do processo de impeachment da (até a alguns poucos dias) ainda presidente, nos mostrou uma colossal hipocrisia dos parlamentos da Câmara Federal, onde cada um enaltecia a família, o seu reduto eleitoral, citavam o nome do Senhor, para só então proferir o seu voto, muito poucos, pouquíssimos mesmo, se utilizaram os seus segundos de flash para falar de um país quebrado, aviltado, com a economia em frangalhos, inflação ascendente e as vagas de empregos se fechando, aumentando os milhões de desempregados (hoje estimados em dez milhões, uma coisa triste, pois são quase três vezes, em cada lar, o número de brasileiros que depende, para sobreviver que ao menos um esteja empregado em casa, portanto deve ser cerca de trinta milhões em desespero sem enxergar uma luz no final do túnel), muitas epidemias grassando pela total inércia, incompetência e falta de compromisso de medíocres que foram postar para gerir a saúde pública.

Cedo ainda é para ao menos se prever se com a assunção de Michel Temer teremos uma imediata estabilidade, um freio na inflação e o retorno de empregos com o aquecimento da economia, hoje totalmente estagnada, empresas quebrando e demitindo aos montões, mas o fato que tão somente essa escorraçada desse nocivos elementos corruPTos que se assenhoraram de postos chaves na administração federal, tendo como objetivo principal fazer “um rapa”, já será por deveras alvissareiro o que, por conseguinte, permitirá um período de voto de confiança para que a nova administração se acerte, porém se não o fizer e a coisa persistir degringolando, tenha ele, o atual vice, plena certeza, o povo continuará nas ruas levando o seu brado de protesto, de indignação e querendo mudanças.

Afinal o brio da maior parte dos brasileiros, os fazem demonstrar que uma boa parcela da população não tem bandido de estimação assim, o politico roubou “teje preso” seja ele do PSDB, PMDB, PP, PSD, PSB, seja de qual sigla for, pois todo aquele que exerce uma cidadania plena, sem peia ou qualquer lavagem cerebral, pode se dar ao direito de gritar bem forte: politico ladrão comigo é cadeia, Viva o juiz Sergio Moro!

 

(José Domingos, advogado, jornalista, escritor e poeta)

 

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