![Orangotango](https://cdn.dm.com.br/img/Artigo-Destaque/140000/1200x720/Artigo-Destaque_00146931_219fc969e576bbce27dc6669259e7180-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dm.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F140000%2FArtigo-Destaque_00146931_219fc969e576bbce27dc6669259e7180.jpg%3Fxid%3D673318%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1721187173&xid=673318)
Pela primeira vez, os cientistas viram o orangotango Rakus aplicar uma pasta de folhas mastigadas num ferimento no rosto. O artigo foi publicado quinta-feira, 2 de maio, na revista Scientific Reports.
Rakus vive numa reserva natural em Sumatra, e cientistas indonésios descobriram um primata que usa plantas medicinais para tratar feridas. O animal utilizou o cipó Akar Kuning, muito utilizado na Indonésia para tratar malária, disenteria e diabetes.
Possui propriedades antiinflamatórias e antibacterianas. Segundo os pesquisadores, Rakus mastigou o caule e as folhas da planta, passou a pasta na bochecha várias vezes durante sete minutos e cobriu a ferida com as folhas mastigadas.
A ferida fechou em cinco dias e depois de um mês o orangotango recuperou-se, explica uma das autoras do estudo, Isabella Laumer, do Instituto na Alemanha Max Planck, em entrevista à BBC.
Os cientistas acreditam que Raku foi ferido numa briga com orangotangos rivais. O primata pode ter tocado acidentalmente na ferida enquanto comia e, sentindo alívio dos efeitos da planta, pode ter repetido o processo ou aprendido o tratamento com outros orangotangos.
Esta foi a primeira vez que um animal selvagem aplicou uma planta numa ferida, outros primatas foram vistos ingerindo, mastigando ou esfregando plantas com propriedades medicinais. Os pesquisadores disseram que continuarão o estudo para ver como outros primatas respondem.