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O médico proctologista Paulo Augusto Berchielli, de 63 anos, suspeito de estuprar quatro pacientes durante atendimento em uma clínica particular, em São Paulo, está foragido após o Ministério Público apresentar uma denúncia e pedido de prisão contra ele à Justiça, que acatou o pedido.
Duas das quatro mulheres que alegam terem sido vítimas de abuso por parte do médico relataram que sofreram agressões sexuais após procedimentos cirúrgicos de hemorroida. O Ministério Público informou que o caso está sob sigilo judicial.
Uma das vítimas afirmou que fez um pagamento de R$ 5 mil por uma cirurgia a laser na clínica de Paulo. Ela alegou que o médico prometeu que uma assistente o acompanharia durante o procedimento, mas, no dia da cirurgia, ele estava sozinho.
No decorrer da operação, o médico administrou um anestésico, fazendo com que ela adormecesse. Quando despertou após a cirurgia, ela disse que havia sangramento e experimentava desconforto em toda a área pélvica, que não estava relacionado ao local onde a operação ocorreu.
Nas consultas de acompanhamento pós-cirúrgico, ela relatou ter sido vítima de abuso novamente, e destacou que o médico não usava luvas durante os procedimentos. Além disso, afirmou que a cirurgia resultou em infecção.
Uma outra vítima afirmou que, enquanto estava anestesiada, sentiu que o médico a abusou na região do ânus. Segundo ela, o médico limpava o pênis na pia ao lado da maca em que ela estava.
O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) afirmou, em nota, que abriu uma apuração para investigar o ato do médico.
"O Conselho esclarece, ainda, que, até o momento, não foi notificado oficialmente sobre o mandado de prisão [do médico]", diz a nota.