A queda de um jato comercial Embraer E-190 da Azerbaijan Airlines no Cazaquistão, nesta quarta-feira (25), levantou suspeitas de que a aeronave possa ter sido atingida por estilhaços de um míssil ou drone interceptado. O incidente ocorreu enquanto o avião fazia a rota de Baku, no Azerbaijão, para Grozni, na Rússia.
Inicialmente, autoridades sugeriram que o avião havia colidido com um bando de pássaros, mas essa versão foi descartada ao longo do dia. Relatos de sobreviventes indicam que houve uma explosão externa, e imagens do local mostram a fuselagem com marcas típicas de estilhaços de mísseis.
A rota do voo sobrevoava áreas de tensão, como o Daguestão, onde foram registrados ataques de drones ucranianos. Relatórios apontam que o aeroporto de Makhachkala, no Daguestão, foi fechado na manhã do acidente, e o avião desapareceu dos radares antes de reaparecer em Aktau, no Cazaquistão. Vídeos mostram a aeronave em dificuldades antes de tentar um pouso de emergência, que resultou em uma explosão no solo.
Especialistas em defesa afirmam que Grozni é protegida por sistemas antiaéreos Pantsir-S1, projetados para explodir drones no ar por meio de uma nuvem de fragmentos. Essa tecnologia pode ter sido responsável por atingir a aeronave, seja por engano ou devido à proximidade de um alvo interceptado.
A autoridade de aviação do Azerbaijão suspendeu os voos na região do norte do Cáucaso e iniciou uma investigação sobre o caso. O episódio traz à memória o incidente do voo MH17 da Malaysia Airlines, abatido por um míssil no leste da Ucrânia em 2014, que deixou 298 mortos.