Brasil

Caiado cobra saída do governo e sua candidatura à presidência em convenção do novo UP

Redação Online

Publicado em 19 de agosto de 2025 às 22:56 | Atualizado há 2 horas

Governador goiano disse que a legenda precisa ter “lado, rumo e posição clara” para derrotar Lula. Federação nasce como a maior força política do país com 109 deputados federais, 15 senadores, seis governadores e mais de 1,3 mil prefeitos

O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) destacou a força da nova federação União Progressista (UPb), formada pela junção do União Brasil (UB) e do Progressistas (PP), durante a primeira convenção após a formalização do agrupamento. Em discurso, exaltou a construção da maior estrutura partidária do país e defendeu que federação assuma posição clara de oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Caiado também fez um apelo pelo lançamento de candidaturas próprias da direita à Presidência da República em 2026. “Busque seu candidato, mostre seu potencial, coloque na pista. Quem tiver mais competência chega ao segundo turno”, declarou. O governador estava acompanhado da primeira-dama Gracinha Caiado.

Em seu discurso, Caiado destacou que um partido com a força da União Progressista (UPb) não pode abrigar lideranças hesitantes sobre estar ou não na base governista. “Um partido precisa ter lado, rumo e posição clara. Para superar a crise que o país enfrenta, é fundamental lançar candidatura própria, assumir protagonismo e deixar evidente que a solução passa por derrotar Lula nas eleições de 2026”, afirmou.

Ao abordar o confronto com a máquina do governo federal, o governador Ronaldo Caiado (UB) elevou o tom. Segundo ele, não é possível enfrentar o adversário “de joelhos”, mas sim “de cabeça erguida e sem medo”, em referência às práticas do PT que, segundo o goiano, buscariam “massacrar os opositores”.

Caiado ainda citou avanços de sua gestão em Goiás como credenciais para a disputa eleitoral e afirmou estar preparado para liderar a reação da direita. “Temos responsabilidade com o futuro do país e, com a estrutura criada hoje, vamos dar rumo político à nação”, declarou. Em seguida, arrematou: “Vamos libertar o Brasil das garras do PT e das facções criminosas.”

O ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil) endossou o discurso de Caiado e disse que neste momento não há espaço para “fracos e omissos”. Ao defender que os brasileiros precisam de políticos corajosos, pontuou que isso “impõe assumir lado e posição”. Para o baiano, o momento de hoje do Brasil não abre espaço para a indecisão. “Se nós queremos que o nosso lado seja do povo brasileiro, nós temos que ter a consciência que o nosso lado é contra o PT”, afirmou.

O presidente do Progressistas, Ciro Nogueira, voltou a criticar a gestão do presidente Lula e comparou os últimos quatro anos a um “longo e decepcionante outono”. Segundo ele, o atual governo estaria preso ao passado e incapaz de projetar o futuro do país. Para Ciro, o Brasil não pode permanecer em um “velório indefinido da esquerda”, e a nova federação partidária nasce justamente para consolidar uma posição conservadora, reafirmando que o país tem condições de retomar o crescimento e ocupar seu lugar de destaque no cenário internacional.

UPb
Com a federação, o UPb soma 109 deputados federais, 15 senadores, 12.398 vereadores, 1.335 prefeitos, 186 deputados estaduais e quatro distritais, além de seis governadores. “Entregamos ao país aquilo que chamo da bússola da política brasileira com a instalação dessa federal”, afirmou Ciro Nogueira.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (UB), classificou a federação como uma decisão histórica para o futuro do Brasil. “É momento de fortalecimento das instituições políticas do país e de um grande desejo da política nacional, que é termos a diminuição das legendas partidárias para defendermos programas, ideias para um país com a complexidade do Brasil”, frisou.


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