Internacional

Risco crescente nas florestas não designadas da Amazônia

Redação DM

Publicado em 5 de junho de 2025 às 13:08 | Atualizado há 2 dias

A Amazônia enfrenta um desafio alarmante com a crescente ameaça às florestas públicas não destinadas, que totalizam 10,2 milhões de hectares em alto risco de grilagem. Um estudo recente do Observatório das Florestas Públicas, divulgado no Dia Mundial do Meio Ambiente, destaca que 80% do desmatamento no bioma ocorre nessas áreas ainda não designadas para funções socioambientais, como unidades de conservação e terras indígenas.

Desmatamento alarmante

Os dados são preocupantes: entre janeiro e abril de 2025, o desmatamento nas florestas não destinadas teve um aumento significativo, com um salto de 192% somente em abril em relação ao mês anterior. Essa situação é exacerbada por queimadas, que devastaram 37.719 hectares, sendo a maior parte delas em áreas federais.

Importância das florestas

As florestas públicas não destinadas, que representam uma área equivalente ao estado da Bahia, têm um papel crucial no armazenamento de carbono, com a capacidade de estocar 5,2 bilhões de toneladas. Essa quantidade equivale a mais da metade das emissões de carbono estimadas para 2024 em todo o planeta.

A coordenadora do Observatório, Rebecca Lima, alerta que o desmatamento extensivo pode estar ligado a interesses de grupos capitalizados que almejam a posse dessas terras no futuro. Para lidar com essa crise, os pesquisadores pedem a aceleração da destinação dessas áreas e o cancelamento de registros que sobrepõem florestas públicas.

Com a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas se aproximando, a proteção das florestas não destinadas se torna uma prioridade para o Brasil, que busca apresentar um exemplo positivo ao mundo em termos de conservação ambiental.


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