Seis anos depois, construtora Odebrecht retorna ao nome original
DM Redação
Publicado em 3 de maio de 2025 às 10:40 | Atualizado há 22 horas
Onze anos após o início da Operação Lava Jato, a construtora Odebrecht retoma o nome original. Em decorrência da crise provocada pelo esquema de corrupção investigado pela Justiça e pela Polícia Federal, a empresa, que integra o grupo Novonor, passou a se chamar OEC em 2019.
De acordo com um anúncio feito ao mercado, a razão social da companhia volta a ser Odebrecht Engenharia & Construção.
“A partir de 2 de maio, a identidade visual da companhia será renovada, acompanhando o momento vivido pela empresa após a recente homologação do seu plano de reestruturação financeira. A sigla OEC, até então central no logotipo, dá lugar ao nome Odebrecht, mantendo o descritivo ‘Engenharia & Construção’, que indica o seu segmento de atuação”, informou a empresa.
A Novonor, holding de investimentos que controla a construtora, além de empresas do setor imobiliário, petroquímicas e concessões públicas, continuará com a marca e o nome inalterados.
A reestruturação financeira mencionada pela Odebrecht refere-se à homologação do plano de recuperação judicial solicitado em 2024. A dívida da empresa, que em um primeiro momento era de US$ 4,6 bilhões (equivalente a R$ 26 bilhões), foi reduzida para US$ 150 milhões (cerca de R$ 848,4 milhões).
Antes de recorrer à recuperação judicial, a construtora tentou, sem sucesso, firmar acordos extrajudiciais.
Fundada em 1944 como Construtora Norberto Odebrecht, a companhia atualmente emprega cerca de 18 mil pessoas no Brasil, Peru, Angola e Estados Unidos. Na divulgação da mudança de nome, a empresa informou que, nos últimos cinco anos, entregou 36 projetos em sete países (Brasil, Estados Unidos, Peru, Panamá, República Dominicana, Angola e Gana), com um total de cerca de US$ 16 bilhões (aproximadamente R$ 90,5 bilhões) em investimentos públicos e privados.
Acusados de corrupção no âmbito da Operação Lava Jato, executivos da Odebrecht firmaram acordos de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR). O conteúdo dos depoimentos ficou conhecido como “delação do fim do mundo”, gerando 83 inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF).