Brasil

Soldado maranhense tem perna amputada durante guerra na Ucrânia

Redação Online

Publicado em 3 de julho de 2025 às 17:00 | Atualizado há 9 horas

O maranhense Rafael Paixão, de 26 anos, natural de Imperatriz, teve parte da perna esquerda amputada após pisar em uma mina terrestre enquanto combatia como voluntário na guerra da Ucrânia. O acidente ocorreu durante uma missão do 3º Batalhão de Brigada de Assalto do Exército ucraniano, do qual ele fazia parte. Gravemente ferido, Rafael precisou rastejar por cerca de 9 quilômetros até conseguir ajuda.

Segundo familiares, a informação da amputação foi confirmada por uma ligação feita diretamente do hospital na última terça-feira (2). Rafael perdeu a perna abaixo do joelho, mas seu estado de saúde é considerado estável. A expectativa da família é que ele retorne ao Brasil após a recuperação.

O tipo de explosivo que atingiu o soldado é conhecido como mina-borboleta, medindo entre 7 e 10 centímetros de largura. Pequena, camuflada e de difícil detecção, esse tipo de artefato é proibido por tratados internacionais devido ao alto risco que representa para civis e combatentes.

Antes de se alistar voluntariamente no conflito, Rafael cursava Direito em Imperatriz e viajou para a Europa em agosto de 2024, inicialmente à Holanda, com a então namorada. Após o fim do relacionamento, decidiu se unir às forças ucranianas na guerra contra a Rússia.

Durante 20 dias, o maranhense ficou incomunicável, o que gerou angústia entre os parentes e levou a boatos sobre sua morte. Os rumores, no entanto, foram desmentidos. A mãe do soldado, Neila Paixão, comemorou o fato de o filho estar vivo, apesar da gravidade do ferimento. “Foi um milagre de Deus… ele conseguiu”, declarou emocionada em vídeo divulgado nas redes sociais.

A Federação Internacional da Cruz Vermelha e organizações de direitos humanos já alertaram para o uso contínuo de minas antipessoais no conflito da Ucrânia, que já dura mais de três anos. Essas armas, além de ferir e matar, deixam regiões inteiras inabitáveis por décadas.

Rafael Paixão é um dos diversos brasileiros que decidiram se alistar como combatentes voluntários ao lado das forças ucranianas. O Itamaraty tem acompanhado casos de cidadãos nacionais envolvidos diretamente no conflito, embora a orientação oficial seja para que brasileiros não participem da guerra.

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