Solte o futuro

Diz a letra de uma canção “queria ter trabalhado menos, importado menos com problemas pequenos, ter visto o sol se pôr”… Este é o dilema por que vive um diretor fazer tudo e não deixar de fazer nada que está na sua responsabilidade. E sempre que se chega a um cargo de direção afirmamos. “Não sou diretor(a), eu apenas estou diretor(a).”
Entretanto, na realidade não é isso que acontece, pois se acaba acumulando muitas responsabilidades das quais, boa parte não são suas, mas que pela não assunção de outros, você, este ser que representa um cargo tão visado, acaba por tomar para si porque no fim de tudo as coisas (boas e ruins) acabam convergindo (quase que em rota de colisão) para sua pessoa. É onde explodem os problemas que parece ter em você um imã, não é verdade?
Contudo, por outro lado, saiba que se você é quem está na condução geral de um trabalho tendo tantas outras vidas ligadas e, dependentes de suas ações, é porque certamente esta rica e feliz oportunidade não seria por Deus concedido à outra pessoa. É por este ângulo que devemos analisar sua presença nesta direção. Lembre-se do caso citado por Leandro Karnal, aquele rapaz que há dois mil e seis não tentou ensinar os duros corações daqueles 12 homens que só ganharam significado a partir de Sua paciência e perseverança. A vitória não veio de imediato e sim muito tempo depois, pois hoje é que colhemos os bons resultados do trabalho missionário de Cristo.
Também colherás o teu quando for chegada à hora, por isso, siga seu coração sempre procurando agradar a Deus, de consciência limpa, é esse o prêmio que valerá e não se preocupe se no final da jornada ainda restarem algumas pedras no caminho, elas existirão para que possas galgar teu sucesso.
Desta forma, quando entregares teu cajado, tua responsabilidade, ao final desta jornada apenas diga: “Está aqui meu Pai, é tudo que pude fazer até da minha missão.” Com certeza Ele estará satisfeito com a tarefa realizada, sabe por quê? Antes mesmo de saberes o teu valor e capacidade, vosso Pai já sabia que tinhas as condições de fazê-la, isto já basta para que possas confiante, superar inúmeras dificuldades.
Por isso solte o futuro, não queira fazer o impossível, pois esta façanha somente às Forças da Vida tem a permissão Divina de atuar nas causas vistas como extremamente difíceis, se assim não o fosse porque existiria em nós a Fé? E de maneira alguma pense estar só, pois há momentos que em seu gabinete teu pensamento vagueia e a solidão parece chegar para te mostrar que não há ninguém do teu lado.
Não caias nesta armadilha do emocional porque se olhares para a areia, o único rastro percorrido nos instantes mais dolorosos da caminhada que verás será o de Jesus a carregar-te nos braços.

(Luciano Roriz, graduado em História e especialista em História do Brasil (UFG). Pedagogo pela Universidade Vale do Acaraú-CE (UVA), membro do Instituto Histórico e Geográfico de Inhumas – IHGI, presidente do Conselho Municipal de Política Cultural de Goianira – CMPC (Biênio 2015-2017), membro da Alcai – Academia de Letras, Ciências e Artes de Inhumas. Autor de: Povoado de São Geraldo: História e Religiosidade Popular de Goianira (1910-1969). Goiânia: Ed. Formato, 2010. Publicou em 2012 pela Kelps: Legislativo Goianiense – História, Representatividade e Cidadania. 50 anos de atividade político-partidária. Contatos: [email protected] www.conselhodeculturagoianira.com.br)