Brasil

Tempo seco faz crescer focos de incêndio em todo o país

Redação DM

Publicado em 18 de julho de 2023 às 14:16 | Atualizado há 2 anos

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, através do programa de monitoramento de queimadas, traz dados que cobram atenção especial do segmento agropecuário. Segundo o INPE, de janeiro até 11 de junho deste ano, foram detectados no Brasil 17.574 focos de incêndio, enquanto no mesmo período de 2002 o número era de 16.902. Destes, o bioma Cerrado, onde inclui Goiás, lidera, correspondendo a 42,2%, ou seja, 7.408 pontos. Esses índices podem piorar no decorrer do inverno, época em que se inicia a estiagem em muitas regiões do Brasil, no geral, aumentando a possibilidade de focos tanto em áreas urbanas, mas, sobretudo, nas rurais.

Ciente desses riscos, o agricultor Dirceu Júlio Gatto, sempre teve o olhar atento à preservação ambiental. Ele que  é proprietário de uma fazenda em Cristalina, no Entorno do DF em Goiás, e quatro fazendas nos municípios de Unaí, Arinos e Riachinho (MG). A área total soma 12 mil hectares, nas quais cultiva café, soja, milho, feijão e trigo.

Gatto, produtor há 40 anos, lembra que existe um calendário bem definido de chuvas e estiagens no Planalto Central. “O período de seca aqui vai geralmente de maio até meados de outubro. É justamente nesses meses que estamos sujeitos a focos de incêndio, por isso, além de redobrar a atenção, temos que estar preparados para qualquer eventualidade protegendo principalmente nossas reservas e Áreas de Preservação Permanente”, destaca.

O agricultor montou, em suas propriedades, equipes que foram treinadas para o combate ao incêndio. Além disso, buscou no mercado equipamentos específicos para essa tarefa. Entre as soluções adquiridas, está a carreta tanque de combate incêndio. “Usamos as carretas para acompanhar as colheitadeiras principalmente nas horas mais quentes do dia, além disso, são equipamentos muito competentes nos ajudando a controlar os focos quando ocorrem e isso tem sido fundamental, pois antigamente tínhamos queimada em toda a estiagem, agora tem muitos anos que nada queima mais”, lembra.

Cuidados

Segundo informação da Cartilha de orientação de combate ao incêndio, desenvolvida pela Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja), 60% dos incêndios florestais ocorridos no Brasil têm origem nas margens das rodovias federais, estaduais e vicinais.

Como medidas preventivas, o material orienta que o produtor deve adotar em sua propriedade a construção e manutenção de aceiros, a redução de materiais combustíveis e ter disponibilidade de água em abundância. É o que ministra a Emater-Goiás em múltiplas ocasiões. A Faeg recomenda aos produtores, por intermédio de seus mais de 120 sindicatos rurais, seguir essas linhas recomendadas pela cartilha.

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