Vingança e fuga: o que se sabe sobre a morte de cigana de 14 anos
Fernando Boeira Keller
Publicado em 17 de julho de 2023 às 19:46 | Atualizado há 2 anos
O caso da adolescente morta por um tiro em 6 de julho continua um mistério. Hyara Flor Santos Alves, de 14 anos, foi morta dentro da casa onde morava, em Guaratinga, na Bahia. Segundo a família, o principal suspeito é o marido da garota, que tem a mesma idade que ela, e teria sido motivado por vingança.
Imagens exclusivas do programa Fantástico, da TV Globo, mostram a movimentação na casa onde o crime ocorreu e o transporte de Hyara Flor para o hospital. Infelizmente, ela não resistiu.
A Polícia Civil da Bahia informou que ainda não determinou se o disparo que causou a morte de Hyara foi intencional ou acidental. No entanto, a corporação solicitou à Justiça que o esposo da jovem seja apreendido.
Nas imagens, uma criança de 9 anos, irmão do marido de Hyara, é vista saindo pelo portão e chamando o pai, que está conversando na rua. O pai e um tio do adolescente entram rapidamente na casa. Após cerca de três minutos, um vizinho chega de caminhonete e, dois minutos depois, leva Hyara para o hospital.
O tio prestou depoimento alegando ter presenciado o marido da vítima segurando a arma. O delegado responsável pelo caso, Robson Andrade, afirma que o tio é a única testemunha que viu o rapaz com a arma, que não estava registrada. A arma foi encontrada dentro da casa, porém sua propriedade ainda é desconhecida.
Hyara e o adolescente casaram-se com a aprovação das famílias seguindo a tradição cigana. Após o casamento, eles mudaram-se para uma casa próxima à residência dos pais do rapaz, onde ocorreu o crime. A família da vítima suspeita que o marido tenha assassinado Hyara por vingança, supostamente devido a um caso extraconjugal entre a mãe do adolescente e um tio de Hyara.
A defesa da família da jovem alega que ela foi vítima de feminicídio. O pai de Hyara acredita que o crime tenha sido planejado, questionando a posse de uma arma por parte do adolescente e seu propósito.
De acordo com a polícia, o garoto e os pais dele fugiram. O veículo foi rastreado e revelou que a família evitou as rodovias principais, optando por percorrer pequenas cidades na Bahia e no Espírito Santo. Eles chegaram à capital Vitória e tentaram ficar na casa de parentes.