A Polícia Civil do Rio Grande do Sul investiga o envenenamento de um bolo que levou à morte de três pessoas da mesma família em Torres, no litoral norte do estado. Deise Moura dos Anjos, nora de uma das vítimas, foi presa preventivamente como principal suspeita do crime. Segundo a investigação, uma desavença familiar que já dura mais de 20 anos pode ter motivado a tragédia.
As vítimas, identificadas como Neuza Denize Silva dos Anjos, 65 anos, Tatiana Denize Silva dos Anjos, 47, e Maida Berenice Flores da Silva, 59, morreram após consumir o bolo. Exames laboratoriais confirmaram a presença de altas concentrações de arsênio no sangue das vítimas, substância que não poderia estar presente de forma natural.
De acordo com a delegada responsável pelo caso, há fortes indícios de que Deise tenha envenenado a farinha utilizada na preparação do bolo. Apesar disso, detalhes sobre a suposta desavença que teria levado ao crime ainda não foram divulgados. A investigação continua, e novas perícias estão sendo realizadas para esclarecer os fatos.
Nora que envenenou bolo é investigada por morte de sogro
Deise Moura dos Anjos, nora de Zeli dos Anjos, suspeita de envenenar o bolo que matou três pessoas em Torres, litoral do estado. A acusada teve prisão temporária decretada por triplo homicídio duplamente qualificado e tripla tentativa de homicídio duplamente qualificada. Deise está detida no Presídio Estadual Feminino de Torres e passará por audiência de custódia nesta segunda-feira (6).
Entre as vítimas estão Neuza Denize Silva dos Anjos, Maida Berenice Flores da Silva e Tatiana Denize Silva dos Anjos. Exames realizados no Hospital Nossa Senhora dos Navegantes identificaram arsênio no sangue das vítimas e de dois sobreviventes que também consumiram o bolo.
Segundo o delegado Marcos Vinícius Veloso, os presentes notaram um gosto estranho no bolo, descrito como apimentado. Zeli, que preparou o doce, interrompeu o consumo após as reclamações, mas três pessoas já haviam sido intoxicadas. Zeli também foi hospitalizada, mas encontra-se em estado estável.
A polícia descarta, até o momento, disputas por herança na família e investiga a origem do arsênio, aguardando laudos periciais que poderão esclarecer se houve contaminação cruzada ou intenção deliberada de envenenamento. Os corpos das vítimas foram encaminhados para necropsia, e os resultados devem ser divulgados nos próximos dias.
O caso segue sob investigação, e a defesa de Deise Moura dos Anjos declarou que aguardará o acesso completo aos autos para se manifestar.