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Bebê levado por técnica em enfermagem é devolvido aos pais

O bebê que foi levado por uma técnica em enfermagem da Maternidade Nascer Cidadão, em Goiânia, foi entregue aos pais na manhã desta quarta-feira (18/9), perto de completar quatro meses de vida. A mãe queria colocar a criança na adoção e tinha deixado ela no hospital.

De acordo com a polícia, a funcionária pegou o recém-nascido para dar a uma prima que tinha sofrido um aborto. O pai do bebê, o encanador Thayson Rodrigo Rodrigues, de 28 anos, ficou emocionado ao receber o filho.

O bebê ganhou o nome de Thalles Leon. “O coração volta a bater mais forte. Estava angustiado, com medo de não dar certo”, afirma Thayson. O pai da criança ficou sabendo que o filho tinha sido levado pela técnica em enfermagem por meio dos jornais.

Thayson Rodrigues descreve o ato praticado pela funcionária como “desumano”. “Não deu para acreditar. Colocar um bebê prematuro dentro do baú de uma moto. Uma pessoa dessa não pode nem ser chamada de gente”, ressalta.

Técnica em enfermagem responde em liberdade por subtração de incapaz

O bebê nasceu no dia 25 de maio e, segundo a advogada da família, Rayanne Teles, a mãe, Maria Antônia Lopes da Cruz, de 40 anos, o deixou na maternidade para adoção em um ato de “desespero”, devido às dificuldades financeiras da família.

De acordo com a advogada, a mãe ficou com medo de não conseguir criar a criança por causa da fase que eles estavam passando. Com Thayson desempregado, a família sobrevivia com R$ 220. Atualmente o pai do bebê está empregado e a família organizou tudo para a chegada do menino.

“O bercinho, as coisas dele, estão todas organizadas. Agora começa uma nova vida para a gente”, afirma a mãe. A advogada destaca que assim que os pais ficaram sabendo que o bebê tinha sido levado sem o consentimento deles e do hospital, a família procurou ela querendo ter o filho de volta.

A advogada explica que os pais passaram por um estudo interdisciplinar para verificar se tinham condições de ter a criança de volta, o que demonstrou que sim. Na última segunda-feira (16/9), o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), se manifestou favorável e a juíza determinou o desacolhimento da criança e sua reintegração ao lar.

Segundo as investigações, a técnica em enfermagem Elenita Aparecida Lucas Correa, pediu para colocar a criança para arrotar e o levou. O bebê foi transportado por 30 km dentro do baú de uma moto.

Ele foi levado até a casa da tia da técnica em enfermagem e, de lá, para a casa da prima dela que havia perdido um bebê quando estava no sexto mês de gestação. Além da técnica, a tia, a prima e o marido chegaram a ser presos, porém, todos respondem em liberdade por subtração de incapaz.

Com informações do G1

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