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Operação Metástase cumpre mandados no Ingoh, Ipasgo e Hugo por fraudes e desvios de dinheiro

Na manhã desta quinta-feira (12/12), o Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECCOR) da Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO), deflagrou a Operação Metástase, com objetivo de cumprir 19 mandados de busca e apreensão por fraudes e desvios de dinheiro de instituições públicas.

Segundo as investigações existe uma organização criminosa com participação de sócios e outros profissionais do Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia (INGOH), e antigos servidores da cúpula do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado de Goiás (IPASGO).

Peritos criminais da Polícia Técnico-Científica e 160 policiais civis, como delegados, agentes e escrivães participam da operação. Os mandados estão sendo cumpridos no Hugo, Ingoh, Ipasgo e outros pontos da capital, como residências.

Como as fraudes e desvios de dinheiro eram cometidos

Até o momento, de acordo com as investigações, os indícios apontam o superfaturamento de contas do Ingoh que superam R$ 50 milhões, por meios como:

  • Criação e utilização de auditor robô, responsável pela auditoria automática das contas do INGOH, fato que culminava na ausência de glosas (bloqueio de valores indevidos);
  • Auditorias volumosas de contas do INGOH efetivadas por auditores do IPASGO que mantinham vínculo com o Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia (conflito de interesses);
  • Criação e utilização da empresas terceirizadas para a consecução das auditorias fraudulentas com influência direta dos membros da antiga cúpula do IPASGO sobre os sócios da empresa.
  • Inaplicabilidade do desconto de 15% (quinze por cento) previsto no regime de credenciamento especial do INGOH, somado à desproporcionalidade da tabela de medicamentos oncológicos;
  • Ausência quase que absoluta (percentual de 0,19%) de glosas nas contas do INGOH durante do período de credenciamento oncológico especial;
  • Pagamento indevido de taxa de uso de sala do IPASGO ao INGOH de medicamentos por via oral, intramuscular ou subcutâneo (não compatíveis com referida cobrança);
  • Pagamento do IPASGO de medicação quimioterápica sobre frasco cheio ao INGOH, em detrimentos às demais clínicas oncológicas que recebiam por fração utilizada do medicamento;
  • Estabelecimento de subdosagem, e/ou o estabelecimento de medicações de custo baixo com cobrança de medicamentos de referência, além do agrupamento de pacientes para tratamentos. Todas as condutas direcionadas ao superfaturamento de contas do INGOH;
  • Prescrição e aplicação de tratamento quimioterápico inadequado com objetivo de angariar vantagem indevida – irregularidade materializada no caso do paciente Alexandre Francisco de Abreu, o qual veio a óbito devido ao tratamento criminoso recebido no INGOH;
  • Apropriação de dinheiro público relativo a honorários médicos do IPASGO por parte do presidente do INGOH, sem a efetiva contraprestação de trabalho.

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