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Homem é suspeito de estuprar meninos de igreja em encontros de chácara

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga 12 denúncia de estupro contra fiéis da igreja católica, Elithon Carlito Silva Pereira, 30 anos, é suspeito de marcar retiros religiosos em chácaras e casas para cometer os crimes.

De acordo com o delegado Renato Martins, os abusos ocorriam fora dos ambientes da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, no Gama. O suspeito morava no templo religioso a convite do padre, que o cedeu um quarto.

“O interesse dele era só nesses meninos. Acontecia um retiro ou reunião na casa de alguém e, depois das leituras, ocorriam os abusos”, explica Martins.

Segundo os investigadores, o alvo dos abusos seriam, em sua maioria, adolescentes e jovens do sexo masculino com idades entre 14 e 21 anos – muitos eram coroinhas, espécie de ajudante dos padres nas celebrações católicas.

“Lobo em pele de cordeiro”

Segundo os relatos, Tom passava uma impressão de normalidade e compromisso com a igreja. “Sempre cantando, sempre rezando e ajudando o padre”, conta uma moradora que preferiu não se identificar.

Segundo ela, Elithon tinha grande confiança dos envolvidos na paróquia. “Quando o padre viajava, era ele quem fazia as leituras, falando de Deus”, relata.

Para a moradora, que tem uma neta que é coroinha de igreja, a notícia foi um choque. “Nem dormi ontem. Ele não levantava suspeita e aparece uma notícia dessas. Parece que era mesmo um lobo em pele de cordeiro”.

A dona de um comércio próximo à paróquia conta que ele costumava ir ao estabelecimento para lanchar. “Sempre acompanhado do pessoal de lá e com os jovens”, pontua.

Conforme ela conta, ninguém nunca chegou a levantar suspeita. “Para mim era uma pessoa normal. Sempre junto da igreja”, afirma.

Os crimes

Doze jovens se apresentaram até essa quarta-feira (27/05), na 20ª DP para denunciar os crimes. Segundo a Polícia Civil do DF (PCDF), os abusos teriam começado em 2017, enquanto Tom trabalhava como líder de liturgia da Paróquia Nossa Senhora da Aparecida, no Gama.

De acordo com o delegado Renato Martins, à frente das investigações, o caso veio à tona durante uma live da banda de Elithon, realizada no dia 17 de maio. “Durante a apresentação, apareceu um comentário chamando ele de pedófilo e estuprador”, diz.

Apesar de todas as denúncias, Elithon segue em liberdade, visto não ter sido preso em flagrante. Ele se apresentou na 20ª DP, mas preferiu não se manifestar.

“Ainda estamos colhendo depoimentos, enviamos algumas vítimas ao IML [Instituto Médico Legal], a fim de concretizar os elementos que temos”, ressalta o delegado da 20ª DP.

O trabalho segue em sigilo, pois a maior parte das vítimas era menor de idade quando os crimes supostamente ocorreram. Mas a polícia confirma que as investigações estão divididas em duas frentes: estupro ou violação sexual mediante fraude.

A liderança da Igreja Católica na capital repudiou o caso, ressaltou que nem o padre nem sua congregação têm relações com os supostos crimes, e afirmou só ter tido conhecimento das denúncias após elas começarem a ser registradas na Polícia Civil.

Também em nota, o Ministério Vida e Luz, do qual Tom fazia parte, confirmou ter tomado conhecimento das denúncias apresentadas contra o suspeito e pontuou que Elithon está desligado de todas as atividades religiosas.

Com informações do site Metrópoles

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