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Reunidas luta para manter 400 empregos e não declarar falência

Em entrevista para o jornal O Popular, na manhã desta segunda-feira (15) o Diretor executivo da Viação Reunidas, Henrique Vinicius da Paz disse que "a empresa está fazendo um enorme esforço para evitar demissões", contudo espera resposta do poder público frente à crítica situação financeira enfrentada pela companhia.

A Reunidas enfrenta sua pior crise em 50 anos. Cerca de 400 funcionários estão sem receber o salário e o vale alimentação relativos ao mês de maio e 138 veículos estão na garagem da firma devida a falta de manutenção e até mesmo de combustível.

A companhia que já sofria um desgaste financeiro por conta da "não revisão tarifária" se desestabilizou de vez devido à crise da Covid-19. " Nos primeiros dias das medidas de isolamento social nossa demanda caiu 82%", explica, Henrique da Paz.

A companhia que atuava em 110 linhas nas regiões Oeste e Noroeste de Goiânia além de outros sete municípios, vinha operando com apenas 67% de sua capacidade, "muito abaixo do normal", segundo Henrique da Paz. Antes da pandemia, a empresa transportava cerca de 1,1 milhão de passageiros por mês entre Goiânia, Trindade, Goianira, Abadia de Goiás, Guapó, Brazabrantes, Santo Antônio de Goiás e Nova Veneza.

A ajuda não veio

No dia 18 de maio o Governo de Goiás apresentou um Plano Emergencial diante da queda de receita das operadoras de transporte coletivo. "Levamos os números referentes a março e abril demonstrando a queda da demanda e o impacto na receita da empresa. Tudo foi analisado por um grupo grande de trabalho, coma participação da Controladoria Geral do Estado (CGE), do Ministério Público e da Defensoria Estadual. Foi constatado um déficit de R$ 23,5 milhões na Rede Metropolitana do Transporte Coletivo (RMTC), dos quais, R$ 2,5 milhões eram da Reunidas."

A expectativa, segundo Henrique da Paz era que fosse encontrada uma forma de compensação desse déficit, contudo a resposta não veio a tempo e a empresa freou suas atividades. Contudo, o diretor explica que "o passageiro não vai deixar de ser atendido". As linhas de responsabilidade da Reunidas passaram a ser atendidas pela Rápido Araguaia, já que os contratos de concessão são feitos de forma compartilhada.

Agora, a empresa luta para que as operações voltem ao normal afim de manter os empregos dos funcionários, como explica Henrique da Paz. "Continuamos conversando com o Estado e paralelamente estamos tentando uma captação de recursos junto ao mercado financeiro para que a operação volte ao normal. Espero que isso ocorra nos próximos dias".

"Com muita transparência estamos conversando com nossos funcionários. Eles estão cientes, entendendo a situação e cooperando conosco, mas não deixa de ser uma situação de extrema dificuldade e causa um enorme estresse em nós, enquanto gestores. Estamos correndo contra o tempo."

*Com informações do jornal O Popular

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