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Goiás entra na era do asfalto padrão "honesto"

O governador Ronaldo Caiado se reuniu com técnicos da Agência Goiana de Infraestrutura (Goinfra) no começo da semana passada bem no meio de uma rodovia. Sob o sol seco e amarelo de 34° C, nas proximidades de Vicentinópolis, onde estava sendo construída pavimentação que atenderá a economia de Goiatuba e toda região, ele agachou, colocou o joelho direito no chão, mediu e falou sobre a qualidade do asfalto. A conversa foi sucinta: “Precisamos de durabilidade”.

Acostumado a ver a má qualidade do asfalto feito em Goiás nos últimos 20 anos, que consumiu mais de R$ 15 bilhões de recursos públicos do povo goiano, o gestor tem fiscalizado e avaliado cada centímetro das obras iniciadas. “Tudo tem sido feito no padrão de durabilidade e boa técnica, com o dinheiro sendo aplicado corretamente. Essa é a minha determinação", disse para os interlocutores.

O governador tem batido na tecla de que é preciso uniformizar a qualidade pegando por base o padrão federal do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit), que segue manual de pavimentação rigoroso, cujo alicerce ideológico é o Instituto de Pesquisas Rodoviárias (IPR). Resiliência do solo, dimensão das partículas, tudo, enfim, interessa ao novo asfalto que tem sido aplicado nas rodovias goianas.

Caiado tem orientado cuidado redobrado para as equipes durante a pandemia. Sabe que as obras não podem parar, mas exige atenção aos mecanismos de proteção sanitária.

A inauguração da pavimentação de 22,7 quilômetros de rodovias que ligam os municípios de Vicentinópolis a Porteirão marca definitivamente essa guinada “Dnit”, ao retomar várias obras que estavam paralisadas ou travadas diante da herança herdada pela gestão anterior.

A despeito da crise, e com a ajuda de parceria com a iniciativa privada, a obra de Vicentinópolis teve investimentos de R$ 42,2 milhões. O gestor inaugurou a pavimentação da GO-487, no trecho de Vicentinópolis ao entroncamento da GO-595. Além da GO-595, no trecho do entroncamento da GO-487 à Usina Caçu, no pacote, o trecho urbano da GO-487 foi duplicado e asfaltado.

O diferencial desse asfalto é uma camada de 7,5 centímetros de massa asfáltica, que, no mínimo, triplica a longevidade da obra. Quem apalpa, sente uma camada lisa e compacta.

OBRAS

Durante as entrevistas, Caiado pede comparação das obras atuais e das realizadas no passado. O problema é que pouco da malha viária construída nos anos anteriores ainda perdura para efeito de comparação. Até 2018, Goiás liderava, segundo os estudos da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), a lista de piores rodovias do país.

No levantamento de 2017, por exemplo, duas rodovias de Goiás estavam entre as cinco piores do Brasil, apontam reportagens da época e o cadastro da CNT.

Diante desta realidade, a Goinfra começou a suprir as necessidades mais urgentes, já que existe real risco de morte para os motoristas. Os gestores lançaram um pacote de obras estruturantes e rodoviárias que abrangem todas as regiões de Goiás.

A ideia é recuperar as condições das estradas estaduais que cortam o Estado. De acordo com o Governo, os investimentos chegam a R$ 320 milhões. Serão 600 quilômetros de rodovias pavimentadas, entre novas vias e trechos recuperados, adianta Pedro Sales, presidente da Goinfra.

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