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Menina morta no RJ era obrigada pela mãe e madrasta a comer comida estragada

As investigações sobre o caso da menina Ketelen Vitória Oliveira da Rocha , de seis anos, que morreu no último sábado (24), apontam que a menina passava por uma rotina de fome, castigos e surras. Segundo a polícia do Rio de Janeiro, a criança morreu após ser espancada pela mãe, Gilmara Oliveira de Farias, e a madrasta, Brena Luane Barbosa Nunes, de 25, no bairro Jardim das Acácias, em Porto Real, cidade vizinha a Resende. As informações foram apuradas pelo Extra.

A mãe da menina e a madrasta chegaram a confessar na 100ª DP (Porto Real) que no fim de semana anterior ao óbito, a criança sofreu agressões do casal mais de uma vez. De acordo com as investigações, entre os dias 16 e 18 de abril, Ketelen Vitória chegou a ser espancada cerca de quatro vezes. Em uma ocasião, a menina teve a cabeça batida contra a parede, até que perdesse a consciência. A criança ainda foi agredida com um cabo de TV e levou chutes na barriga.

Ketelen Vitória chegou a ser levada a um hospital municipal, mas não resistiu. Horas após, a criança ser socorrida, Gilmara e Brena tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça e vão responder por homicídio. As duas viviam juntas há pouco mais de um ano, após terem se conhecido pela internet. Na delegacia, além de admitirem as agressões contra Ketelen, elas trocaram acusações sobre quem maltratava mais a vítima, que se alimentava, no máximo, uma ou duas vezes por dia.

Madrasta de Ketelen Vitória, Brena Luane Barbosa Nunes

A investigação apurou uma das punições diárias enfrentadas, Ketelen era obrigada a comer comida estragada e pães mofados. A Polícia Civil ainda descobriu que Ketelen começou a ser espancada no dia 16, por ter bebido de uma caixa de leite que acabou caindo no chão. A informação foi dada em depoimento por Rosângela Nunes, mãe de Brena, que também morava na casa e disse que a menina havia tomado o leite porque estava "desesperada de fome”, pois sua alimentação básica era café e farinha.

A primeira agressão ocorreu por volta das 19h, quando a menina foi atirada pela madrasta de um barranco de 7 metros, situado atrás da residência da família. No depoimento, Brena alegou ter agido assim a mando de Gilmara. Quatro horas depois, Ketelen foi chicoteada com um fio de TV, pisoteada e jogada contra uma parede.

Gilmara culpou a namorada pelas agressões contra a filha, mas admitiu ter participado do episódio com chicotadas e tapas no rosto da menina. Na noite do dia 17, as agressões recomeçaram por volta das 20h. A menina estava no quarto e, como ainda não havia adormecido, foi agredida com chicotadas, chutes e teve a cabeça jogada contra a parede até desmaiar.

Na madrugada do dia 19, ocorreu a última agressão. Rosângela, mãe de Brena, avisou para Giomara que sua filha estava passando mal, em que segundo a investigação, no dia Ketelen levou chutes e socos até sangrar. Gilmara diz que o espancamento foi praticado pela namorada. Mas Brena culpou a mãe da criança.

Ketelen foi sepultada no domingo (25), no cemitério municipal de Japeri, na Baixada Fluminense.

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