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Amapá investiga mortes de três bebês por sarampo

O Amapá investiga a morte de três crianças para identificar se a causa é o sarampo. As vítimas são uma bebê de 7 meses, em Macapá, e duas gêmeas indígenas de 4 meses, em Pedra Branca do Amapari.

De acordo com dados divulgados nesta semana, o estado vive um surto da doença ao superar, em quatro meses e meio, todos os casos de sarampo registrados ao longo de 2020.

A investigação está sendo realizada pela Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), com amostras enviadas para exame no laboratório da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz).

Segundo a SVS, a apuração ainda é epidemiológica e laboratorial, as gêmeas ainda não estavam na idade para tomar a vacina, recomendada a partir dos 6 meses de vida. O caso também é acompanhado pelo Distrito Sanitário Indígena (DSEI).

A bebê de 7 meses foi diagnosticada com a doença pela prefeitura da capital através de investigação epidemiológica e aguarda por resultado de exame laboratorial.

"A mesma não tomou a dose zero porque durante a varredura vacinal que ocorreu no bairro onde ela morava a mesma ainda não tinha os seis meses completos, que é um pré-requisito para iniciar o seu esquema vacinal", justificou o município em nota na quinta-feira (13).

Conforme dados da SVS, apenas nos 5 primeiros meses de 2021 o Amapá já superou o número de casos da doença registrados durante todo o ano de 2020. Até 11 de maio, foram 320 pessoas confirmadas com sarampo. Outras 18 notificações estão sob investigação epidemiológica.

De acordo com o boletim da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde o Amapá é responsável por 80,6% dos casos de sarampo de todo o país, e evidencia a crise da doença no estado.

Para a SVS, do governo estadual, o surgimento de um novo surto da doença está associado à baixa imunização, mesmo com a campanha realizada ao longo de 2020 que, inclusive, realizou a vacinação de casa em casa buscando elevar a imunidade da população.

A SVS afirma que o novo surto da doença está associado à baixa imunização, relacionado ao medo da pandemia, insuficiência de equipes do Programa Saúde da Família e falta de alimentação no sistema do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI).

“Também por um lado, o isolamento social que deixou as famílias dentro de casa, por outro lado também a pouca entrada das equipes do Saúde da Família até pela própria condição. Isso provavelmente estimulou essa situação que nós vivemos hoje”, afirmou o chefe da Vigilância em Saúde do Amapá, Dorinaldo Malafaia,.

O sarampo é altamente contagioso, transmitido por meio da fala, tosse e espirro, pode deixar sequelas por toda a vida ou mesmo ser letal. A pessoa contaminada pode apresentar mal-estar geral, febre, manchas vermelhas que aparecem no rosto e vão descendo por todo o corpo, além de tosse, coriza e conjuntivite. A recomendação é que pessoas entre 6 meses de idade e 59 anos se vacinem.

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