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Pastor é indiciado por abuso sexual contra filhas e mais duas crianças, em Senador Canedo

Na última sexta-feira (28), um pastor e caminhoneiro de 52 anos foi indiciado por três casos de estupro de vulnerável, em Senador Canedo, Região Metropolitana de Goiânia. Segundo informações da Polícia Civil, o pastor abusou sexualmente de sua própria filha quando ela tinha 10 anos de idade e de mais duas crianças que ficavam sob cuidadas pela esposa dele quando tinham 6 e 8 anos de idade.

O homem foi preso preventivamente em abril deste ano. Ao ser ouvido, ele disse à Polícia Civil que nunca cometeu nenhum dos atos contra as meninas.

''Ele adotou o perfil do abusador mesmo, colocando a culpa nas vítimas. Ele nega qualquer contato com as crianças, mas disse que as filhas o provocavam usando roupa curta em casa e ainda negou os abusos'', disse Thaynara Andrade, delegada responsável pelo caso.

''A mãe estranhou, foi investigando e descobriu que, quando ficava sozinho com as meninas, o pastor cometia esses atos libidinosos'', disse a delegada.

Ainda de acordo com a delegada, na época, a esposa não acreditou na versão das meninas, até pensava que pudessem estar usando da imaginação.

No entanto, durante a investigação, as filhas do casal, hoje com 19 e 21 anos,  foram chamadas para serem ouvidas pela Polícia Civil. Após o depoimento, a mãe passou a acreditar nas narrativas e demonstrou muita surpresa, porque nunca soube de nada pelas meninas.

''Nesses casos, nós ouvimos a família e foi quando as filhas contaram que acreditavam sim nas declarações das crianças porque já tinham vivido isso. Uma delas por volta dos 10, 12 anos e a outra quando já tinha 16. Elas disseram que aconteceu algumas vezes e por isso decidiram casar o quanto antes para sair cedo de casa'', disse a delegada.

Segundo a delegada, o homem foi indiciado pelos abusos contra as duas crianças de quem a esposa cuidava e da filha mais nova. Já filha mais velha, de acordo com a delegada, como ela já era maior de 14 anos, não configura estupro porque o autor não usou de violência ou ameaça.

Se condenado à pena máxima nos três casos, ele pode ficar preso por até 40 anos. Como o preso atuava como pastor uma figura que inspira confiança e caminhoneiro, podendo viajar muito, a delegada acredita que possam haver outras vítimas. As denúncias podem ser feitas por meio do 197 ou pelo WhatsApp (62) 9 8595-5416.

*Com informações G1

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