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RJ: Celular de jovem morto durante operação é encontrado dentro de veículo blindado da PM

O celular de Guilherme Martins de Oliveira, de 20 anos, morto em março durante uma operação no Complexo de favelas do Chapadão, em Guadalupe, na Zona Norte do Rio, foi encontrado dentro do blindado da Polícia Militar. A vítima foi baleada com disparos dos policiais militares.

Segundo informações do G1, o pai da vítima, Flávio Erasmo, localizou o aparelho por meio de imagens do rastreador do telefone, que ficou desaparecido por quase 40 dias. A família de Guilherme afirma que diferente do que determina a lei, os PMs que o encontraram não apresentaram o telefone na delegacia.

Ainda segundo o pai do jovem, antes de apresentar prints do aplicativo, ele foi informado que o celular não tinha sido encontrado. Posteriormente, a PM do Rio confirmou que o celular foi encontrado dentro do blindado, popularmente chamado de caveirão.

O aplicativo que rastreia o celular mostra que o aparelho passou por três endereços: na Rua Fernando Lobo, na entrada do complexo, onde estava o blindado; na esquina entre as ruas Arquimedes Memória; e Ana Frank, em Vila da Penha, próximo ao 27ª DP – Vicente de Carvalho; e, por fim, em uma rua atrás da delegacia.

O pai de Guilherme levou as fotos do rastreador do telefone na 31ª DP. Mas ele alega que o celular só apareceu no dia 13 de abril, 39 dias depois da operação no Chapadão.

Segundo a polícia, Guilherme Martins de Oliveira era apontado como traficante. Além dele, na ação mais dois jovens foram baleados: Gabryel Marques de Oliveira Rodrigues Rosa, de 21 anos, e João Marcos da Silva Lima, de 20. Apenas João sobreviveu. Mesmo assim, acabou preso e acusado pela polícia de ser criminoso.

A PM disse que os policiais que participaram da incursão "revidaram agressões ao entrar na comunidade". No entanto os parentes dos jovens negam essa versão, e o pai de um dos rapazes afirma que os amigos estavam tomando cerveja quando foram atingidos.

Os policiais militares Mário Lucio da Silva Júnior e João Henrique Pontes Baptista, que participaram da operação, são investigados em um Inquérito Policial Militar (IPM) que está em andamento no 41º BPM (Irajá).

*Com informações do G1.

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