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Ao ser abordado por Policiais Militares, Édrian Santos, questionou aos agentes se a cor da pele dele era a causa da ação. O caso aconteceu na Avenida Paulista, região central de São Paulo, na última segunda-feira, 19.
Segundo Santos, que é negro, os ciclistas brancos que pedalavam na via no mesmo momento da abordagem, não foram questionados pelos PMs.
O homem registrou imagens da abordagem, que ocorreu por volta das 9h da manhã. Os policiais militares responderam aos questionamentos do ciclista, “porque tem muito furto e roubo de celular, a gente costuma abordar as pessoas, ainda mais de bicicleta”.
Santos questionou o motivo dele ser um suspeito, e se a ação teria a ver com sua cor. Os policiais afirmaram que não havia nenhuma relação com a sua cor e ainsa justificaram que o “pessoal costuma furtar com essas bikes boas” na região.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública (SSP), responsável pela Polícia Militar, alegou em nota que o "caso mencionado ocorreu de acordo com o procedimento adotado em abordagens anteriores, sem relação com as características físicas das pessoas".
"A Polícia Militar, por meio do 11º BPM/M, realiza frequentemente operações pela Av. Paulista e também o patrulhamento ostensivo e preventivo, para o combater roubos e furtos de celulares por indivíduos em bicicletas. O caso mencionado ocorreu de acordo com o procedimento adotado em abordagens anteriores, sem relação com as características físicas das pessoas. A Corregedoria da instituição está à disposição, assim como as delegacias, para registrar os fatos", disse.
Segundo o G1, Santos disse que mostrou seus documentos para os policiais e apresentou o IMEI (número de identificação) do celular, para que os policiais verificassem que seu aparelho não era roubado. Após questionar a ação, Santos afirmou que outros três policiais chegaram no local. Ainda se ofereceu para apresentar a nota fiscal da bicicleta, mas os policiais afirmaram que não seria necessário e o liberaram.
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