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Herbert Belo, o "Pezinho" vira réu por tráfico de armas e munição

A Justiça Federal do Rio aceitou a denúncia contra Herbert Belo, o "Pezinho". Ele é acusado de chefiar uma organização criminosa transnacional que enviava munição para fuzis dos Estados Unidos para facções criminosas no Brasil.

"Pezinho" foi um dos presos em 1º de junho pela Polícia Federal (PF), durante a Operação Pneu de Ferro. As investigações tiveram início em 2019, com apreensões de carregadores de fuzis e acessórios de arma de fogo no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão).

De acordo com os policiais, os materiais apreendidos eram enviados, via postal, das cidades de Kissimme, Orlando e Tucson, nos Estados Unidos, e tinham como destino facções criminosas do Rio e de São Paulo.

O Ministério Público Federal, afirma que Herbert e Paula Lacerda (que foi casada com ele até 2020) viajaram diversas vezes para os Estados Unidos entre 2017 e 2019, de onde exportou clandestinamente munições e acessórios de armas de fogo, por meio de, pelo menos, 41 remessas postais.

Segundo a investigação, o material era retirado em agências dos Correios no Brasil, por integrantes da quadrilha, e revendido para as facções criminosas.

A juíza Caroline Figueiredo, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, autorizou a transferência de Herbert para um presídio federal de segurança máxima.

Sete pessoas acusadas de envolvimento no esquema viraram rés por crimes como tráfico internacional de armas de fogo, munições e acessórios, organização criminosa transnacional, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e uso de documento falso. Veja abaixo o que diz o MPF:

  • Herbert Belo de Oliveira Araújo figura como líder da organização criminosa, cujo objetivo principal era a prática reiterada dos crimes de tráfico internacional de armas de fogo, munições e acessórios, além dos crimes de evasão de divisas, lavagem de dinheiro e descaminho.
  • Paula Lacerda Lucas prestava auxílio direto ao seu ex-marido Herbert Belo, participando da prática dos crimes de tráfico internacional de armas de fogo, munições e acessórios, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Ademais, era a principal responsável por planejar e coordenar as ações voltadas à internalização clandestina de mercadorias no território nacional.
  • Gustavo Thal Brambilla tinha a função de realizar e receber pagamentos, além de retirar encomendas postais contendo munições e acessórios para armas de fogo nas agências dos Correios e revender armas munições e acessórios, além de peças de vestuário, ilicitamente internalizados pela organização criminosa.
  • Matheus Vinícios Correia Rodrigues teria sido o destinatário de, pelo menos, 12 remessas postais vindas dos Estados Unidos, entre maio e setembro de 2017, sendo que, em ao menos três delas, havia munições ou carregadores para armas de fogo.
  • Hyago Gabriel Wilczinski seria o braço da organização criminosa situado nos EUA. Valendo-se de sua condição de cidadão norte-americano, residente em Miramar, na Flórida, o denunciado consegui viabilizar a remessa clandestina, para o Brasil, de armas, munições e acessórios, assim como de peças de vestuário, entre 2017 e 2019.
  • Cláudio de Sousa Silva servia de elo entre os criminosos de São Paulo/SP e da Favela da Rocinha, na zona sul do Rio, levando altas quantias em espécie para a capital paulistana e trazendo armas, munições e acessórios para o Rio de Janeiro, a serviço da organização criminosa.
  • Antônia Cleomar Pereira, mulher de Claudio de Sousa Silva, ajudava o marido no elo entre criminosos paulistas e da Rocinha.

A GloboNews está tentando contato com as defesas dos réus.

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