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A mãe de Vyctor Gabriel, de 11 anos, luta há mais de dois anos por uma cirurgia no esôfago do filho que ingeriu soda cáustica aos 3 anos, em Aparecida de Goiânia.
Segundo a dona de casa Mikaelle Pereira, de 24 anos, ele só se alimenta por sonda, mas que a vontade de comer é tanta que ele mastiga e cospe os alimentos.
“Na escola as outras crianças vão para o lanche e ele fica sentado olhando os meninos comer. Por não engolir a saliva, sai um odor forte da boca, ele não consegue fazer amizade, precisa sair da sala para cuspir, chora o tempo todo e se sente diferente”, conta Mikaelle.
O pedido da cirurgia foi feito em janeiro de 2020, mas a mãe relata que, por ser uma cirurgia eletiva, foi adiada. O procedimento vai substituir o esôfago do filho que, há quase dois anos, não se alimenta pela boca, apenas por dieta líquida via sonda.
Em dezembro de 2021, Vyctor Gabriel chegou a ser internado no Hospital Materno Infantil, em Goiânia, para fazer a operação, mas a cirurgia precisou ser suspensa.
“Quando internou para operar, ele fez um exame e teve um problema na coagulação do sangue. Mandaram ele para casa e tinha que marcar um retorno para fazer novos exames. Só que nem esse retorno eu consigo marcar. Eu ligo todo dia e a moça diz para ligar depois”, afirma a mãe.
De acordo com mãe, o filho tinha 3 anos quando ingeriu soda cáustica acidentalmente. Ela relata que saiu para ir ao supermercado e o filho ficou brincando no quintal, sob os cuidados do pai.
“Quando eu voltei ele estava vomitando sangue e saindo umas bolhinhas. Pensamos que era sabão em pó, mas os exames falaram que era soda. Lá onde ele estava nós não encontramos o produto, acho que era um pedacinho pequeno que alguém pode ter deixado”, conta a mulher.
Segundo Mikaelle, Vyctor Gabriel já passou por três cirurgias e, por um período, o menino até conseguia ingerir alguns alimentos pela boca. No entanto, depois de uma perfuração no esôfago em 2020, não come nem bebe pela boca.
O DM entrou em contato com a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) para saber se há uma previsão para a cirurgia da criança e aguarda retorno.
Com informações do G1
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