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70% das unidades de ensino de Goiânia retomam atividades presenciais e greve perde força

Segundo a Prefeitura de Goiânia, a maioria dos professores da rede municipal de ensino que aderiu à paralisação convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) já teria voltado às salas de aula.

Até esta quarta-feira, 30, 121 escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) haviam desistido da greve.

Atualmente, das 370 unidades, 259 atendem aos estudantes, o que representa 70% das instituições municipais de ensino da capital.

Outras 40 escolas apresentam registro de retorno gradual dos professores.

No primeiro dia do movimento grevista (15/03), o município registrou 192 instituições com paralisação total. Nesta semana, o número caiu para 71.

A retomada do atendimento é possível porque muitos profissionais se sensibilizaram com os prejuízos provocados pela greve após dois anos de pandemia e decidiram retornar ao trabalho, enquanto a Prefeitura de Goiânia e o Sintego avançam nas negociações.

A última reunião entre os representantes do município e do sindicato ocorreu na segunda-feira (28/03). Na oportunidade, discutiu-se a elaboração de novas propostas e o fim das paralisações.

Além dessa audiência, um novo encontro será agendado ainda para esta semana. Durante as negociações, a gestão municipal garante que cumprirá de forma integral o piso atualizado em 2022 pelo Governo Federal, com reajuste de 33,2%.

Para os professores que já recebem acima do piso, o aumento salarial proposto pelo município é de 7,5%, segundo a superintendente de Gestão e Inovação Educacional da Secretaria Municipal de Educação (SME), Débora da Silva Quixabeira. "Em Goiânia, nenhum professor irá receber abaixo do piso nacional, que será de R$ 3.846,63 para 40 horas semanais", afirma.

Hoje, a folha de pagamento dos profissionais que atuam nas escolas e Cmeis da capital é de R$ 1,073 bilhão. Com o reajuste acima da inflação reivindicado pela categoria e sem aumento dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), a folha ultrapassaria todo o orçamento da Educação, que é de cerca de R$ 1,5 bilhão.

A SME Goiânia alega que, neste cenário, o município não teria recursos para aquisição de merenda e bens de consumo e que as ações de manutenção e construção de novas unidades ficariam comprometidas. Diante desse impasse, novos cálculos estão sendo feitos pela Secretaria Municipal de Finanças (Sefin) com o objetivo de viabilizar novas propostas. Os cálculos, inclusive, levam em consideração a capacidade orçamentária e o limite prudencial da folha de pagamento da prefeitura.

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