Auxiliar importante que seleciona, apresenta - e até insiste – na compra de um imóvel, eles também lidam diariamente com um mercado competitivo e com as pressões internas e externas próprias do mundo das vendas. Por outro lado, muitos têm horários flexíveis e ainda podem ter a sensação de estarem realizando sonhos. Esses são alguns dos desafios e delícias da vida do corretor de imóveis. Neste sábado (27) é celebrado o dia desses bravos guerreiros.
Além da data, o setor têm motivos para celebrar: com o aquecimento do mercado imobiliário, as vendas estão em alta em plena crise mundial. Sobre este bom momento da área, o DM conversou com três corretoras convictas que relatam ainda empolgação ao desenvolver ofício e muitas histórias de luta.
As corretoras Mara Reis, Rebeca Santos e Lilian Nunes comprovam o que o setor, cada vez mais, tem sido dominado pelas mulheres. De acordo com uma pesquisa do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofesi), o número de corretores mulheres no Brasil cresceu 144%. A presença delas, representa uma conquista, já que até 1958, por lei, somente homens poderiam atuar na área.

Mas, para Rebeca Santos, a profissão se encaixou perfeitamente em seus projetos de vida enquanto mulher. Quando começou a trabalhar na corretagem, estava planejando ser mãe e precisava de um emprego com horários flexíveis.
“A liberdade em administrar os próprios horários, lidar com vendas e com pessoas representam o melhor da profissão, que pode ser muito lucrativa”, diz. Em contrapartida, Rebeca afirma que para se destacar na área, o profissional deve ter muita disciplina para aproveitar e administrar o tempo e estar sempre atualizado sobre o mercado.
“Além de saber sobre o ramo das construções, é preciso entender de decoração, valor do metro quadrado e o mundo dos investimentos. É uma profissão que exige estudo sempre”, observa.
Com um mercado imprevisível, ela explica que é necessário ainda disciplina para saber aproveitar os bons e sobreviver aos ruins. “É preciso manter o mesmo foco nos momentos de crise”.
Para a corretora Mara Reis, que está na área há 15 anos, o que diferencia um bom corretor de imóveis daqueles que só estão aproveitando a maré é a persistência em não desistir quando o mercado está em queda.
“Muitos aproveitam o bom momento, tornam o mercado mais concorrido e saem quando há quedas, voltando para trabalhos com CLT quem fica na profissão são só os corretores de verdade”.
Ainda segundo a corretora, a boa fase imobiliária trouxe um público mais abertos a escutar propostas e possibilitou a volta do cliente que compra imóveis para investir. “Com a pandemia, muita gente também que está procurando comprar um imóvel maior para dar mais qualidade de vida para família ou um menor para o seu comércio”, explica.
Hobby ficou sério

Com a alta do mercado, a corretora Lilian Nunes também celebra boas vendas: apenas nos últimos meses já vendeu sete imóveis. Seus segredos, além da simpatia, são uma boa carta de clientes, o trabalho presencial com uma presença constante nas redes sociais.
“Mostro em média de 12 imóveis por semana. Também trabalho muito no digital. Para quem trabalha sério é uma profissão rentável”, conta.
No mercado há cerca de 3 anos, o caminho de Lilian não poderia ser outro e, antes de tornar-se corretora ela tinha como hobby visitar apartamentos decorados da capital. “Transformei o hobby em profissão e hoje me considero uma empreendedora bem sucedida, pois faço exatamente o que amo”.