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Estudo de empresa de pesquisa sobre a hidroxicloroquina é suspenso

A Comissão Nacional de Ética em Pesquisas (Conep) suspendeu na última segunda-feira (20/4) o estudo da Prevent Sênior sobre a Hidroxicloroquina para ser usado no tratamento contra o coronavírus e a doença covid-19. O estudo da empresa foi suspenso após os técnicos da Conep descobrirem que o medicamento estava sendo testado em pacientes, antes mesmo da operadora receber o aval da comissão para a pesquisa, o que é proibido no país.

Os responsáveis pela pesquisa foram chamados para uma audiência na Conep, para explicar sobre a suposta irregularidade. O estudo é feito com o intuito de avaliar a segurança e eficácia do uso do medicamento junto ao antibiótico azitromicina para reduzir o número de pacientes internados com suspeita de terem sido infectados pelo coronavírus.

Conforme divulgados por outros portais de notícias, os testes foram feitos entre os dias 26 de março e 4 de abril do ano corrente. As informações sobre o estudo e os testes realizados foi divulgado em artigo pela própria operadora no dia 17 de abril. Todavia o pedido para que a comissão autorizasse os testes foi feito no dia 6 de abril, para que uma nova rodada fosse feita a partir do dia 14 do mês corrente.

Estudo feito sobre a hidroxicloroquina pela Prevent mostra irregularidades

O coordenador da Conep, Jorge Venâncio, afirmou que a falha foi descoberta e que o órgão então decidiu pela suspensão do estudo feito pela Prevent Sênior e cobrar explicações dos testes serem feitos sem o aval da comissão.

Além da suspensão dos testes, o coordenador afirmou que outras irregularidades também foram identificadas no estudo. De acordo com Venâncio entre as falhas nos estudos feitos pela operadora está o perfil do paciente, pois segundo ele, os dados mostram que os testes sobre a pesquisa teriam pacientes infectados com o coronavírus, no entanto, os testes foram feitos apenas em pessoas com suspeitas da doença.

Outra falha apontada é que o número de pacientes que seriam submetidos ao teste foi maior, do que o mencionado pela operadora, que antes informou que a pesquisa seria feita com 200 pessoas, mas cerca de 700 foram submetidas ao estudo pela empresa.

Segundo o coordenador da Conep durante os testes feitos pela operadora, houve a constatação de pelo menos duas mortes, no grupo que tomou a hidroxicloroquina; uma causada pelo câncer e a outra por infarto. Após a constatação dos óbitos, o cardiologista Rodrigo Esper, que coordena a pesquisa, disse que as mortes ocorreram em função de um quadro de saúde preexistente no paciente e não pelo uso do medicamento.

Venâncio afirmou que casos as irregularidades sejam comprovadas, o Conep vai enviar o caso ao Ministério Público (MP) para abrir uma investigação pela empresa colocar em risco a saúde do paciente, devido a falta de protocolo de pesquisa não aprovado pelo comitê de ética.

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