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CORONAVÍRUS

EUA batem recorde de mortes por coronavírus em um único dia

Os Estados Unidos superaram nesta quarta-feira os 400 mil casos confirmados do novo coronavírus, de acordo como cálculo da Universidade Johns Hopkins. A doença já vitimou 12.936 pessoas nos Estados Unidos, país do mundo com mais infecções confirmadas, 401.116, segundo a contagem.

O diretor do Centro de Combate e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês), Robert Redfield, afirmou que o número de vítimas pode ser " muito menor" do que foi inicialmente previsto pela Casa Branca.

Na semana passada, o governo americano apresentou projeções que indicavam que 100 a 240 mil pessoas morreriam nos EUA, mesmo se adotadas as medidas de distanciamento social, que estão em vigor no país pelo menos até o dia 30 de abril.

Segundo Redfield "esse modelo que usamos prevê que apenas cerca de 50% dos americanos vão seguir as orientações. Na verdade, como vemos, a grande maioria está adotando o distanciamento social de coração e acho que essa é a consequência de vermos números mais baixos do que tínhamos previsto".

Nova York tem o pior cenário

O estado de Nova York acompanhou o recorde nacional diário na terça-feira, chegou a 731 mortes. O total de vítimas no estado foi a 5.489 a oito dias que o governo dos EUA espera que seja o pico da crise no país.

Em coletiva nesta terça-feira (7), o governador Andrew Cuomo enfatizou que a taxa de mortalidade é um indicador atrasado, visto que as pessoas morrem dias ou até semanas após serem contaminadas, e que embora as internações tenham aumentado de segunda para terça- feira, a média em relação a três dias apresentou propensão à queda em Nova York. Para Cuomo " no momento estamos atingindo uma estabilização no número de hospitalizações".

Enterros em Nova York são temporários

Segundo o prefeito da cidade de Nova York, Bill de Blasio, os enterros seriam temporários, sem dar detalhes das ações, mas que foram anunciadas pelo vereador Mark Levine, presidente do Conselho Municipal.

Levine justificou que alguns corpos serão enterrados em parques da cidade diante da superlotação dos cemitérios e necrotérios tradicionais e que depois da pandemia serão transferidos para locais adequados.

Conforme o vereador "serão cavadas covas para dez caixões em fileiras. Será feito de maneira digna, ordenada e temporária". Para Cuomo a melhora no cenário do estado só deve ocorrer se as pessoas continuarem seguindo à risca as orientações de distanciamento social, previstas até o final de abril.

Para o governador "não estamos vendo um ato de Deus, é um ato do que a sociedade realmente faz". Cuomo também declarou que estava em andamento o plano para reiniciar a economia regional e que havia conversado com seus pares em Nova Jersey e em Connecticut sobre a coordenação desses esforços. As expectativas de Cuomo e o modelo estatístico utilizando pela Casa Branca tem causado um atrito de dados entre os estados.

São esses dados citados pelo diretor do CDC ao justificar que as perspectivas de número de mortos devem ser melhores do que as previstas pelo governo na semana passada. Os dados utilizados pelo governo são reunidos por um Centro de Pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington, que apontou que os EUA vão precisar de menos leitos hospitalares e de UTI do que havia previsto inicialmente, apesar de nem todos os estudos indicarem a mesma tendência.

Divergências de opinião

Governadores continuam prevendo semanas difíceis pela frente e muitos têm desenvolvido seus próprios métodos de previsões para antecipar quantidades de materiais e leitos.

Já os especialistas vêm alertando para problemas no uso de um único modelo para embasar toda a ação no país, porque ele pode estar otimista ou até mesmo conter erros.

O modelo compilado pela Universidade de Washington, utilizado pela Casa Branca projetaram, na semana passada, que haveria de 100 a 240 mil mortes nós EUA por coronavírus. Foi a primeira projeção oficial sobre o impacto da pandemia na vida dos cidadãos americanos, conferindo um tom mais grave ao presidente Donald Trump, que inicialmente minimizou a crise.

*Com informações do UOL

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