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CORONAVÍRUS

Brasil pode ficar sem UTIs em julho se não aderir isolamento

De acordo com levantamento feito pelo Ministério da Saúde, ontem (28), o Brasil registrou recorde de novos casos do coronavírus em um período de 24 horas. Na última quinta-feira (28), o país teve o aumento de 26.417 confirmações da doença. O total de pessoas infectadas pelo vírus Sars-Cov-2 no Brasil é de 438.238.

Caso hoje o Brasil ultrapasse o número de óbitos da Espanha com 27.119, ocupará o quinto lugar no ranking mundial de mortes provocadas pela doença contabilizada pela universidade Johns Hopkins.  

Segundo o balanço do Ministério da Saúde, ontem houveram mais 1.156 óbitos provocados pela Covid-19 e desde o início da pandemia foram registradas 26.754 mortes no país. Dentro desse cenário, pesquisadores da Universidade de Brasília (UNB) com apoio da Organização Panamericana de Saúde (OPAS/OMS) desenvolveram uma calculadora para estimar o pico da doença no Brasil, previsto para 2 de julho segundo o levantamento.

Os resultados têm como base os dados de casos confirmados de Covid-19 pelos órgãos oficiais de saúde e a quantidade de leitos voltados para o combate à pandemia, registrados na plataforma do Ministério da Saúde.

De acordo com levantamento nos 14.924 leitos disponíveis a taxa de ocupação é de 74%. Em alguns estados como Rio de Janeiro, Pará, Ceará e Pernambuco a taxa de ocupação das UTIs está acima de 80% e todos eles possuem mais de mil mortes provocadas pelo coronavírus.

A previsão é de que sem isolamento social, o Brasil fique sem leitos de terapia intensiva no início de julho, para que isso não ocorra seria necessária uma demanda 46 vezes maior de leitos do que a oferta atual. Nesse período as estimativas apontam que serão necessários 678.182, a menos que haja a capacitação de novos leitos e a adoção de medidas para diminuir a circulação do vírus.

Com isolamento

Se uma média de 50% de isolamento social for alcançada durante os próximos 70 dias o pico pode ser adiado para primeira semana de agosto, o que diminuiria a demanda para 76.211 novas UTIs, quantidade seis vezes maior que a oferta atual. Dentro dessa estimativa, 150 de cada 100 mil habitantes morreriam no surto. O levantamento aponta que 21,36% dos brasileiros serão infectados e, destes, 53,28% serão sintomáticos.

*Com informações do Correio Braziliense.

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