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CORONAVÍRUS

Aglomeração e desrespeito às regras marcam 1° dia de reabertura de bares no Rio

O coronavírus já matou mais de 10 mil pessoas no Rio de Janeiro, contudo os números não parecem assustar uma multidão, que se aglomerou e dispensou o uso de máscara, na primeira noite de reabertura de bares, nesta quinta-feira (2).

Algumas imagens divulgadas pelo G1 Rio, mostram que estabelecimentos desrespeitaram a regra de fechamento até as 23h, e funcionaram durante a madrugada desta sexta-feira (3).

A Rua Dias Ferreira, no Leblon, Zona Sul, tradicional reduto boêmio, ficou abarrotada de pessoas, a maioria sem máscaras, o que vai contra as regras de flexibilização, se espremiam nas calçadas e no asfalto.

Imagens postadas em redes sociais denunciam a multidão na rua, principalmente no quarteirão que acaba na Avenida Ataulfo de Paiva e que concentra muitos bares e restaurantes.

Em um dos vídeos, o homem que filma xinga a pandemia e o uso de máscara. Em outro, uma mulher zomba: "Hoje é dia 2 de julho, primeiro dia da liberação dos bares no Rio de Janeiro, a gente está aqui na Dias Ferreira, e está realmente todo mundo de máscara, olha...", diz, mostrando uma multidão sem o utensilio de proteção obrigatório.

Lixo e garrafas espalhadas

As ruas do Leblon amanheceram vazias, mas havia lixo acumulado e garrafas espalhadas pelas calçadas, resultado da aglomeração de pessoas.

Na Avenida Ataulfo de Paixa, entre as ruas Rainha Guilhermina e Aristides Espinola, mesmo após o fechamento dos bares, alguns grupos continuaram reunidos. Por volta da 0h30, ainda havia pessoas na calçada perto dos bares Jobi e Void, já fechados.

Na Lapa, no Centro do Rio, a situação foi diferente. Nas imagens, é possível ver que não houve aglomeração nos bares, que respeitaram o horário de fechamento às 23h.

Multa

A Guarda Municipal esteve presente em alguns estabelecimentos. As multas para bares e restaurantes que desrespeitarem as regras podem chegar a R$ 13 mil.

A Guarda Municipal disse em nota que identificou muita aglomeração na Rua Dias Ferreira na noite de quinta-feira (2) e que todos os estabelecimentos orientados sobre a situação fecharam as portas.

Ainda segundo a Guarda, os estabelecimentos flagrados desrespeitando as normas sanitárias são notificados, multados e até interditados.

Relatos de aglomeração desrespeitando as regras também foram constatados em Copacabana, na Zona Sul, e na Avenida Olegário Macial, na Barra da Tijuca, Zona Oeste.

Regras para bares e restaurantes

  • Mesas organizadas com distanciamento de dois metros entre elas, de preferência, em espaços abertos, como varandas e calçadas.
  • No espaço interno, deve ser respeitado o limite de 50% do número total de mesas.
  • Vedado o sistema self-service.
  • Vedado música ao vivo.
  • O horário máximo para o funcionamento é até as 23h, tanto nas áreas internas como externas.
  • O uso de máscara é obrigatório tanto para clientes como para funcionários.
  • A máscara só pode ser retirada pelos clientes que estiverem já nas mesas, e exclusivamente nos momentos de refeição.

A reabertura de bares e restaurantes faz parte da Fase 3 de flexibilização, que liberou também academias e atividades físicas individuais na areia das praias.

De acordo coma prefeitura, a reabertura foi possível por causa da redução da ocupação de hospitais e a diminuição do aumento do número de mortes causadas pelo novo coronavírus.

Ontem (2), foram registradas mais 134 óbitos no estado, chegando ao total de 10.332 mortos. Apenas na capital o número de vítimas é de 6.689.

Regulamentação temporária de mesas e cadeiras

A Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Fazenda, divulgou no Diário Oficial desta quinta-feira, uma medida temporária para estabelecimentos que queiram utilizar mesas e cadeiras nas calçadas e em vagas de estacionamentos da cidade.

"Os bares, restaurantes e lanchonetes podem pedir a autorização tanto para o uso dos equipamentos nas calçadas, quanto para a utilização em vagas de estacionamentos e não há necessidade de o estabelecimento possuir em seu alvará a autorização para o uso de mesas e cadeiras. Essa é uma medida temporária", explicou Carlos Guerra, subsecretário da Subsecretaria de Licenciamento, Fiscalização e Controle Urbano.

*Com informações do G1

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