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COTIDIANO

LIBERDADE

O Diário da Manhã apresenta o especial “56 anos de Liberdade”. Um projeto em comemoração aos 35 anos de fundação do DM que, somados os 21 anos do jornal Cinco de Março, que o antecedeu, representam a marca no tempo de um estado de espírito solidário, combativo, corajoso e consciente de que a liberdade é o principal patrimônio de uma empresa de comunicação. É saudando esta trajetória de lutas, algumas derrotas e muitas conquistas que surge a Coleção de Artes Diário da Manhã, composta por obras de consagrados artistas goianos que serão expostas em cada edição do jornal. O leitor acompanha aqui o crescimento diário da lista de artistas participantes, que serão apresentados individualmente e, também, em entrevista na DMTV. Ao fim da série será veiculado o Caderno da Coleção, no qual estarão registradas todas as obras que a partir de então ficam em exposição permanente na sede deste jornal, em tributo à Liberdade.

Arte de Noé

Untitled-7 copyEle ainda não construiu nenhuma barca, porém, ergueu um “templo” à cultura.
Dotado de seu surrealismo regional, pinta e faz poemas
em homenagem à história de luta do Diário da Manhã

Fatos ocorridos, desde a primeira infância, na pequena Capelinha – cidade próxima a Anicuns –, até uma traumatizante captura de passarinhos. Uma bronca dolorida do pai quando era candeeiro ou um simples olhar ao ambiente que o cerca. Tudo vira arte, nas mãos do sensível Noé Luiz. Do talento de transformar sua vida em quadros e esculturas, construiu até um “templo” para a cultura: a Catedral das Artes.

Em formato de cupim, se destacando entre as casas elegantes do Setor Jaó, a Catedral das Artes é considerada, por Noé, a maior exposição que já participou. “Pelo menos, a maior em extensão”, brinca ele sobre o espaço que hoje funciona como ONG conveniada ao Ministério da Cultura.

“Desde que decidi ser artista plástico, sonhava em fazer um espaço que agregasse a memória da arte, principalmente a do nosso Centro-Oeste. Queria algo de dentro do nosso solo ácido”, explica .

Aliás, a ligação com o campo acompanha sempre a vida deste artista. Nas obras surrealistas com pitadas abstratas, ele deixa a imaginação fluir ao tentar narrar o que passa em seu mundo particular. Mas, mesmo em seus devaneios artísticos, nunca perde de vista a paixão maior: o Cerrado.

Desta forma, os bois – ou parte deles – são temas recorrentes em suas obras. Assim como os pássaros, que, muitas vezes, cochicham certas histórias magoadas de criança. “Fiz esta série baseada em quando eu fiz uma arapuca para matar um pássaro. Depois que ele morreu, chorei por uma semana”, relembra, ao mostrar a tela de uma ave transparente, sobrevoando uma cidade histórica.

Já, ao comentar sobre a história de luta do Diário da Manhã, Noé compara Batista Custódio a uma águia persistente. Por isso, do quadro pelo qual homenageia este veículo, faz até poemas: “Ele pode ter o cheiro do pequi. Ele pode ser a modificação orgânica. Ele pode ser o maribondo em cima da serra ou a pedra rolando. Mas ele vai ser a tela colorida que o Diário da Manhã merece”, declama.

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