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COTIDIANO

LIBERDADE

Atistas e leitores se unem para homenagear os 21 anos de história do Cinco de Março e os 35 anos de existência do Diário da Manhã. Nasce assim a “Coleção de Artes 56 Anos de Liberdade”, que poderá ser vista de maneira permanente na sede deste Jornal, marcando ainda o surgimento de um novo espaço físico dedicado à manifestação criativa, ao encontro e à reflexão. Acrescentando vigor e diversidade a esta homenagem, está sendo formada dia a dia uma corrente em que os 35 participantes da primeira fase do projeto da Coleção indicam 21 outros artistas que ainda não tenham sido citados pela imprensa goiana em geral, e que nem por isso deixam de fazer uma arte digna do nome. É, uma vez mais, um garimpo de pedras preciosas que este Jornal, na área das artes como do jornalismo, promove em nome da evolução que é fruto de uma criteriosa renovação. Testemunhamos aqui, de forma privilegiada, a arte que dá mão à arte, o olhar que acende uma luz, a liberdade que se soma à liberdade. Em meio a tantas possibilidades, o resultado é um só: assim se torna cada vez maior e mais forte a corrente que interliga o leitor aos novos tempos.

Nesta edição, a artista Tai Hsuan-An nos apresenta Vinícius Yano

Ele dá asas à criação

Untitled-2 copyDono de diversas habilidades no mundo da arte, o jovem Vinícius Yano não se prende a um estilo. Por meio de uma gravura em metal, homenageia o Diário da Manhã com o símbolo universal da liberdade: os pássaros

A vida de Vinícius Yano parece ter sido predestinada ao mundo das cores. Incentivado pela família, passou a infância rodeado por lápis de cores e a adolescência, tipicamente mais ousada, pelos sprays, dos grafites. A vida adulta começou na faculdade de Design Gráfico, onde se encantou pela aquarela. Hoje, aos 29 anos, se dedica a todas estas linguagens, no entanto, se encontrou ainda no universo impresso das gravuras e xilogravuras.

Vale, e muito, lembrar que a trajetória artística de Vinícius foi cerceada por bons encontros. Um deles, com o artista plástico Tai Hsuan-An. Tamanha capacidade para criar desenhos realistas fez o pintor chinês avistar, ali, um novo talento do desenho científico. O aprendiz não decepcionou o mestre: conseguiu dominar a reprodução da natureza, com uma precisão quase fotográfica.

Mas não parou por aí. Ainda no meio universitário, Yano se encantou pela arte impressa, que lhe deu ainda mais liberdade para criar. O contato aconteceu no ateliê do também artista ZéCesar – outra influência profícua da carreira. “Fiz um curso de xilogravura e, como no começo é uma coisa complexa de aplicar, tive dificuldade. Mas depois eu comecei a entender. A partir daí pratico outros tipos de gravuras e hoje meu trabalho está mais voltado a esta arte”, explica.

Não se pode esquecer ainda de um apoio mais antigo, mas que deu bases duradouras a seu talento. Apaixonado por arte, mas, segundo Vinícius, “sem muita intimidade com os pincéis”, foi o pai quem o possibilitou, desde a infância, que aprendesse com um dos melhores. “Como Noé era amigo do meu pai, e morava perto da minha casa, fiz cursos de desenho com ele em seu ateliê”, relembra.

Foi, talvez, este contato com as obras de Noé o responsável por dar a Vinícius sua maior inspiração: os animais. “Me encanta pintar aves e peixes”, admite.

E é por meio da figura que mais representa sua obra que Vinícius Yano homenageia a história do Diário da Manhã. “Vou celebrar o veículo com uma gravura em metal sobre aves, pois não há nada no mundo que representa melhor a liberdade do que os pássaros”.

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