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Grevistas querem negociar com Marconi

Beto Silva,Da editoria de Cidades

A primeira audiência dos professores de Goiás em greve com representantes da pasta que cuida da Educação ocorreu ontem e não trouxe grandes avanços. Desta forma, a greve entrará em sua segunda semana a partir de amanhã.

Os professores aceitaram o convite da secretária Raquel Teixeira para discutir o que motivou a paralisação na Rede Estadual de Ensino.

Raquel Teixeira, titular da pasta que cuida dos esportes, lazer, cultura e também de educação, iniciou o encontro com o pedido de que a reunião não se resumisse a radicalismos. “Estamos aqui para construir, ao lado do Sintego, uma saída que não implique em radicalismo em nenhuma das partes envolvidas nesse processo”.

Por sua vez, o Sintego reforçou a reivindicação dos professores e servidores administrativos, que desejam ver em Goiás o pagamento do piso estipulado na Lei 11.738/08.

Os grevistas requerem também o pagamento da data-base dos administrativos já em maio, realização de concurso público e a retirada da proposta de parcelamento de salários.

Bia de Lima, que representa a categoria, disse que recursos existem. Resta saber gerenciar, diz ela. Bia explica: em 2014, a verba destinada para a Educação foi de R$ 5.549.726.987,70. Neste ano, nos três primeiros meses, conforme o Sintego, o montante foi de R$ 1.284.975.723,82. No mês de abril, só de recursos do Fundeb, a Educação recebeu R$ 164.230.781,37. Conforme Bia de Lima, basta qualquer pessoa normal fazer a conta matemática: “A folha mensal não atinge R$ 170 milhões, incluindo os aposentados”.

Sem ocorrer, de fato, um avanço na pauta, o Sintego pediu ontem que a secretária agende uma audiência com o governador Marconi Perillo.

ESPERA

“Foi um início de diálogo que esperamos aprofundar nos próximos dias com o governador Marconi Perillo. Tão logo tenhamos uma proposta concreta, chamaremos nova Assembleia para que a categoria decida”, declarou Bia de Lima.

A secretária de Educação disse que espera solução rápida para que a greve chegue ao fim. Familiares e estudantes já temem perder as férias de julho ou mesmo apresentarem desempenho negativo nas avaliações futuras.

Ontem, alunos do Colégio Estadual Irmã Gabriela se vestiram de preto e decidiram não entrar na sala de aula e apoiar o movimento grevista. Os estudanes garantem que pretendem se aliar outros que defendem os professores e realizar uma grande passeata na próxima semana.

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