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Trabalhadores aderem às paralisações em vários Estados. Em Goiás, movimento realizou bloqueio de ônibus

Da Redação, com Agência Brasil

Várias centrais sindicais pelo País aderiram, ontem, ao Dia Nacional de Paralisação. Os manifestantes protestam contra o projeto de lei que regulamenta as atividades de terceirização no País, as Medidas Provisórias 664 e 665, que alteram benefícios trabalhistas e previdenciários; o ajuste fiscal, contra corrupção e pela democracia.

A norma que implanta a terceirização no País pode acabar com a necessidade de uso de carteira de trabalho e deve extinguir no País benefícios trabalhistas, como férias, 13º salário e direito aos feriados.

Segundo a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), ocorreram protesto de várias categorias na Bahia, no Amazonas, em Goiás, no Rio de Janeiro, em São Paulo e Pernambuco.

Em Goiás, participaram integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil de Goiás (CTB-GO), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas), Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf), Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Urbana do Estado de Goiás (Stiueg), Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

A manifestação, em Goiânia, acabou provocando tumulto nos terminais de ônibus, que foram fechados pelos trabalhadores pela manhã. O Consórcio da Rede Metropolitana de Transportes Coletivos da Grande Goiânia emitiu nota com a informação de que os protestos prejudicaram o fluxo de coletivos na região central. Após três horas de bloqueio, todavia, os manifestantes liberaram a circulação de veículos da Metrobus, responsável pelos coletivos do Eixo Anhanguera.

Em Patos, interior do Estado da Paraíba, segundo a CTB, representantes de várias categorias, como dos Correios, da Energisa e da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba integraram as manifestações, com representantes do Sindicato dos Funcionários Municipais de Patos e região.

No Recife, os ônibus só voltarão a circular pela região metropolitana às 23h30. Segundo a CTB, 100% dos trabalhadores rodoviários aderiram à paralisação. Os metroviários também não estão trabalhando e os trens só operaram no horário de pico, controlados por supervisores.

Em Caxias do Sul (RS), segundo a CTB, o Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e região e representantes dos sindicatos dos Comerciários, do Vestuário e da Saúde fizeram uma caminhada pelas ruas centrais da cidade. Durante o trajeto, foram distribuídos materiais informativos à população sobre o projeto que regulamenta as atividades de terceirização.

JOAQUIM LEVY

No Distrito Federal, cerca de 70 servidores federais fizeram manifestação em frente ao Ministério da Fazenda em protesto contra a política econômica do governo. O principal alvo das críticas é o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que não se encontra em Brasília. O Ministério da Fazenda em Minas Gerais foi ocupado por trabalhadores da agricultura, em protesto organizado pela Via Campesina.

Em São Paulo, sindicalistas promovem interdições de vias da cidade, do litoral e de municípios paulistas. Na Marginal Tietê e na Avenida Paulista também ocorreram manifestações. Na Baixada Santista, a principal via de acesso ao Porto de Santos foi interditada no sentido Guarujá, provocando filas. No início da manhã de ontem, os dois lados da rodovia foram bloqueados.

Segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), várias categorias se mobilizaram em várias cidades do País, como os sindicatos dos Químicos de São Paulo e do ABC, os metalúrgicos de São Carlos, do ABC, Sorocaba, São José dos Campos e Osasco, portuários do Espírito Santo, trabalhadores do Saneamento Ambiental na Bahia e petroleiros de Minas Gerais. No Rio Grande do Sul, houve paralisação na Refinaria Alberto Pasqualini, da Petrobras, e nos terminais da Transpetro. Os petroleiros também bloquearam a BR-116, que dá acesso à refinaria.

O Dia Nacional de Paralisação foi convocado pela CUT, (CTB), Conlutas, Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Intersindical e Nova Central, além de movimentos sociais.

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