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Justiça inocenta fundador da Gol de acusação de tentativa de assassinato

O Tribunal do Júri de Brasília inocentou ontem (16) o empresário Nenê Constantino de Oliveira e o policial militar reformado Antônio Andrade de Oliveira da acusação de tentarem assassinar Eduardo Queiroz Alves, ex-genro de Constantino. Para o júri, não há provas que incriminem o empresário e o policial reformado.

Fundador da empresa aérea Gol, Nenê Constantino respondia ao processo, em prisão domiciliar, desde 2011. Já Oliveira aguardava o julgamento em liberdade. O julgamento deveria ter ocorrido no dia 27 de maio, mas foi remarcado porque o terceiro réu no processo, José Humberto de Oliveira, precisou ser hospitalizado por causa de uma pneumonia. Como ainda está internado, Oliveira será julgado em data a ser definida.

A tentativa de homicídio de Alves ocorreu em junho de 2008, em Brasília. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), autor da denúncia, argumenta que o crime foi motivado por desavenças entre Constantino e seu ex-genro que, há época, participava da administração de empresas da família.

Na denúncia, o MPDFT sustentava que, com a ajuda de Oliveira, Constantino contratou José Humberto para matar Eduardo Queiroz. Segundo a acusação do Ministério Público, após disparar várias vezes em Alves, José Humberto fugiu em um carro dirigido por Oliveira. Nenhum dos tiros acertou o ex-genro do empresário que nessa terça-feira voltou a narrar o que se passou no dia 5 de junho de 2008.

Para o advogado de Constantino, Pierpaolo Cruz Bottini, a sentença fez justiça à inocência do empresário, que ainda responde a outros processos, incluindo o assassinato do líder comunitário Márcio Leonardo de Sousa Brito, em 12 de outubro de 2011.

“Após longos anos de agonia, diante de uma acusação injusta, finalmente foi feita Justiça. O doutor Constantino ficou muito satisfeito. Ele sempre acreditou na Justiça e está convencido de que será inocentado de todas as acusações, pois garante não ter envolvimento com nenhum dos crimes a ele atribuídos injustamente”, disse o advogado à Agência Brasil.

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