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Caravana dos bons

A forte chuva que caiu na última terça-feira por mais de 12 horas, em Goiânia, causou diversos pontos de alagamento e destruição em vários bairros da cidade. 700 pessoas foram removidas e cerca de 400 casas ficaram alagadas. Comovidas com situação das famílias, as amigas Déborah de Souza Guimarães, Naiara Pedroso e Gabriela Guimarães resolveram visitar alguns bairros e bolar um plano para ajudar os desabrigados.

“Fomos até o local, no Bairro São José, e vimos o quanto à situação das pessoas é grave, inclusive tem uma família que tem uma mulher que está gravida e perdeu tudo, até o enxoval que estava pronto para a chegada do bebê. Quando vimos que as pessoas não tinham a quem recorrer, resolvemos tirar algumas fotos e divulgar nas redes sociais (Facebook), por meio do qual convidamos as pessoas a serem solidarias doando alimentos e colchoes em um primeiro momento”, narra.

Para surpresa do grupo, conta Déborah, no mesmo dia que postou as fotos, na quarta-feira, pedindo ajuda, várias pessoas se prontificaram a ajudar com doações. Cabendo as amigas que nessa altura já contam com uma equipe de 20 pessoas engajadas na arrecadação de donativos, recolher os produtos. “Nosso foco agora é pegar, com as pessoas que desejam doar, mas não podem ir até o local, as doações e entregar para essas famílias”. Define.

Para as pessoas que ainda desejam ajudar Deborah observa ser possível. Ela convida toda a sociedade que almeja contribuir com doações que compareçam hoje (23) no estacionamento da Praça Universitária, local onde toda a equipe se reunirá para recolher mais doações em toda a Capital e receber das pessoas que desejam levar até a Praça sua doação. O grupo estará na Praça a partir das 12horas e permanecerá até às 14h30.

Os bairros que serão percorrido hoje pelo grupo descreve Déborah serão o Bairro São José, Vila Roriz, Gentil Meireles, Vila Santa Helena e Jardim Caiçara esses serão a principio os bairros que o grupo ira entregar as doções. A campanha está prevista para encerrar hoje após a entrega das arrecadações, no entanto, Deborah não descarta a possiblidade de continuar com a arrecadação e que para isso só depende da iniciativa das pessoas continuarem doando.

A estudante descreve que a importância de realizar um trabalho como esse está no fato de se colocar no lugar do outro, principalmente, constata ela, “porque muitas vezes as pessoas acabam se anestesiando em relação a esses acontecimentos que geralmente só vemos na tv então quando acontece próximo à gente é uma oportunidade de mostramos solidariedade”, declara. Para os pessoas que desejam ajudar pode entrar em contato com a Déborah no telefone (62) 8249-6282 ou (62) 8232-6956 Naiara Pedrozo.

Ação contagiante

A assistente administrativa comercial, Engel Nayane Jesus de Souza, 22 anos, considera que a iniciativa dela e da família contagiou muitas pessoas a partir da criação de um grupo no WhatsApp para arrecadar doações para ajudar as famílias desalojadas após a chuva da última terca-feira (19). O grupo que começou apenas com a família, ontem já contava com participação de 150 pessoas dispostas a doar. “Juro não fazia ideia de que chegaria a tamanha proporção. Começamos com um grupo de umas 10 a 20 pessoas, no máximo, e de quarta-feira à noite até agora já somos mais de 150 pessoas”, expõe.

Engel descreve que após a iniciativa começaram a receber muitas doações, a principio na casa de sua mãe e posteriormente para facilitar as entrega montaram quatro tendas para atender a grande demanda. “Pelo que tenho acompanhado no grupo não será suficiente. Pois ainda tem muita coisa para chegar. Estamos recebendo todo tipo de doação: Alimentos, Roupas, Sapatos, colchões, móveis, fraldas descartáveis, roupas de cama, toalhas, material de limpeza, higiene pessoal, material escolar. Tudo mesmo”, define.

A jovem menciona que a maior necessidade, no momento, é recebimento de colchões, roupa de cama, higiene pessoal e fraldas descartáveis. “É de partir o coração ver tantas famílias que trabalharam duro a vida toda para conseguir algo e de uma hora pra outra simplesmente perder tudo o que tinham. Até hoje tem famílias que estão dormindo no chão, por não terem colchões, passando fome porque à prefeitura não deu nenhum apoio às vitimas. Nem mesmo com água, sem água limpa não tem como sequer fazerem comida em suas casas sem contar que muitas não têm fogão e gás” protesta.

A iniciativa da família conta ainda com a ajuda do grupo Humanizar, Super Amigos, Família Peixoto, Como Peteco e Miozim de Goiás. “As doações estão sendo feitas no setor São José a todo o momento desde quinta-feira, mas pretendemos levar para outros bairros”, conclui.

Protesto

Indignados com a situação que consideram de abandono, por parte das autoridades,  moradores da Vila São José fizeram um protesto na tarde de ontem reivindicam ajuda.Na ação montaram barricadas, nas ruas do bairro usando os próprios moveis perdidos com o alagamento da chuva para atear fogo, em protesto.

Moradores de um dos bairros que serão beneficiados pela ação protestam por não receberem auxílio das autoridades (Foto: Leitor/WhatsApp)

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