Incêndio no Porto de Santos é extinto depois de 37 horas
Redação DM
Publicado em 15 de janeiro de 2016 às 23:11 | Atualizado há 9 anosSÃO PAULO – Depois de 37 horas de trabalho de combate às chamas, o incêndio provocado por um vazamento químico na margem esquerda do Porto de Santos, no litoral de São Paulo, foi extinto às 4h da madrugada deste sábado, segundo informações do Corpo de Bombeiros. O fogo atingiu 50 contêineres que estavam no pátio da empresa Localfrio, no Distrito de Vicente de Carvalho, no Guarujá. Os bombeiros permanecem no local fazendo o rescaldo do incêndio para que nehum foco do incêndio seja retomado e o trabalho deve terminar na segunda-feira.
Neste sábado ainda havia dois contêineres fechados. Eles serão abertos e o produto químico será neutralizado. Durante o combate ao fogo, os bombeiros fizeram resfriamento com água para evitar que o fogo se propagasse. Também nesta manhã, ainda havia fumaça tóxica espalhada pela região, levada pelo vento, especialmente na cidade de Santos. Moradores relataram forte cheiro de cloro no ar, além de ardência na garganta e nos olhos. De acordo com a Prefeitura do Guarujá, até o meio-dia deste sábado, 175 pessoas procuraram os hospitais da região por causa da fumaça tóxica, mas nenhum caso grave foi registrado.
A Cetesb, companhia ambiental do estado de São Paulo, mantém a recomendação aos turistas que vão para a Baixada Santista que evitem a região do acidente. Análises preliminares feitas pelo órgão mostraram que as praias da Baixada Santista e do litoral Sul não foram atingidas pelos produtos químicos. Os técnicos da Cetesb também realizaram um monitoramento do estuário para avaliar a qualidade da água e a situação foi considerada normal. A Marinha enviou uma estação móvel de monitoramento do ar.
AUTORIDADES INVESTIGAM CAUSA DO INCÊNDIO
O foco das autoridades agora é averiguar as causas do acidente. Segundo a Localfrio, por volta de 15h30m de quinta-feira, um contêiner que armazenava ácido dicloroisocianúrico de sódio foi invadido pela água da chuva. A reação química desencadeada por esse processo gerou uma fumaça tóxica. . Moradores de bairros vizinhos ao local do acidente foram aconselhados ainda na quinta-feira a deixarem temporariamente suas casas.
O acesso aos nove terminais que ficam na margem esquerda do Porto de Santos chegou a ser interrompido durante a manhã de sexta-feira para facilitar o fluxo dos caminhões dos Bombeiros, gerando uma longa fila. A Capitania dos Portos também interditou preventivamente até as 7h da manhã a entrada e saída de navios em um trecho do porto para onde a fumaça se direcionava.
O Ministério Público do Guarujá ebriu um inquérito para apurar os danos. De acordo com a Localfrio, a empresa contratou técnicos para avaliar os motivos do acidente e como poderá tomar as medidas necessárias para minimizar as consequências.