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Justiça em Goiás bloqueia mais de R$ 7,5 milhões de peritos do INSS por suspeita de fraude

Dois médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tiveram mais de R$ 7,5 milhões em bens bloqueados pela Justiça Federal em Goiás, por serem suspeitos de conceder benefícios através de fraude. De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), as irregularidades ocorreram entre 2002 e 2006.

Segundo o documento, em troca do benefício, os segurados concediam favores políticos a um dos profissionais investigado, que na época era candidato nas eleições municipais em Minaçu. A decisão cabe recurso.

Além disso, os médicos peritos Paulo Cesar Pedroso e Luiz Carlos Silveira, ambos servidores em Minaçu, agiam no esquema fraudando atestados médicos, alegando a existência de doenças incapacitantes, tornando os segurados inválidos. Eles se baseavam em relatórios médicos emitidos por especialistas de áreas que não possuíam ligação nenhuma com as “supostas” doenças. Em alguns dos casos, haviam assinaturas de pediatras e até obstetras.

A partir daí, os segurados prestavam favores políticos a Paulo César, que na época era candidato à prefeitura do município nas eleições de 2004.

As investigações constataram que ao todo, nove pessoas foram beneficiadas de forma fraudulenta. Nestes processos, foram apurados irregularidades como benefícios mantidos por mais tempo que o necessário e nem mesmo uma parcela dos segurados possuíam as incapacidades mencionadas nos laudos médicos durante o período da perícia.

A fraude traz uma estimativa de danos aos cofres públicos que chegam a R$ 2,5 milhões, porém, com as multas por improbidade administrativa, o valor pode ultrapassar os R$ 7,5 milhões, divididos entre os dois médicos investigados.

Paulo César teve R$ 4,2 milhões de bloqueio em valores e bens e Luiz Carlos teve R$ 3,2 milhões indisponíveis.

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