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14 menores fogem de Centro superlotado

Na madrugada de ontem, 14 menores de idade fugi­ram do Centro de Atendi­mento Socioeducativo (Case), no Conjunto Vera Cruz I, na Região Oeste de Goiânia. Eles teriam fei­to os funcionários reféns utilizan­do barras de ferro e fugiram com o auxílio de uma corda feita com pa­nos. A fuga acontece no momento de crise penitenciária em Goiás, que registrou fugas em massa e mortes em Aparecida de Goiânia. Cidades do interior também tive­ram evasão. No momento da fuga, 174 menores estavam reclusos no local, que tem capacidade para 160 jovens.

A direção do Centro de Inter­nação ainda não sabe se houve al­gum tipo de facilitação durante a fuga. O Grupo Executivo de Apoio à Criança e ao Adolescente (Ge­cria) abriu processo administrativo para investigar o caso. Até a última atualização desta matéria, três me­nores haviam sido recapturados. Apesar de o governador Marconi Perillo afirmar que “as condições das prisões de Goiás são melhores que as de muitos Estados”, as rebe­liões e fugas continuam.

Em uma das celas do Case está escrito na parede: “Bem-vindo ao inferno”. Em outra, com tinta ver­melha: “Cadeia que não regenera o coração do preso só constrói in­fratores com mais ódio por den­tro”. Em setembro de 2017, dez jovens que estavam no banho de sol, no Case de Anápolis, fugi­ram usando um poste de luz para saltar o muro do local. Além dos três motins do Complexo Prisio­nal de Aparecida de Goiânia, 11 detentos quebraram as grades com as mãos e saíram do presí­dio de Luziânia.

Segundo o secretário de Se­gurança Pública e Administra­ção Penitenciária (SSAP), Ricar­do Balestreri, as rebeliões estariam acontecendo por conta de briga en­tre facções rivais. No dia 1º de janei­ro, 9 presos morreram, dois deles decapitados, 14 ficaram feridos e 243 fugiram, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. De acor­do com um relatório de inteligência da Polícia Militar, a ala C tem presos ligados ao PCC (Primeiro Coman­do da Capital) e a ala B detentos li­gados ao CV (Comando Vermelho).

Apesar do conflito interno, tanto em Aparecida de Goiânia quanto no Case do Vera Cruz I, os reclusos denunciam más con­dições dos presídios, falta de água, energia, saneamento básico, de­mora na análise dos casos e su­perlotação. O Case é destinado ao atendimento de adolescentes em cumprimento de medida socioe­ducativa de internação, por perío­do máximo de 3 anos.

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