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Jurado não avisa juiz que vai se casar e cerimônia ocorre em intervalo de julgamento

Durante os júris populares os jurados ficam sob a regra da incomunicabilidade, ou seja, eles não podem comunicar entre si ou mesmo com outras pessoas para evitar influência. Se algum dos envolvidos com o julgamento tenha algum compromisso inadiável ou problema de saúde, os jurados devem pedir dispensa no momento do sorteio.

Não foi o que fez Diego Felipe dos Santos, fiscal de caixa de supermercado que ficou muito honrado com o sorteio para ser jurado. Ele acreditava que o julgamento seria ágil e por isso preferiu arriscar e não abrir mão da experiência.

O julgamento começou às 8h30, mas só ao meio dia o homem começou a se preocupar com o casamento marcado para as 16h. Após os juramentos, Diego então pediu uma intervenção e perguntou ao juiz que horas o julgamento terminaria porque ele iria se casar. O júri precisou ser suspenso por alguns minutos.

O magistrado Leonardo Bordini disse que ficou sem reação por que nunca tinha visto um caso parecido antes. “Diante de um compromisso tão importante, se ele tivesse dito logo no começo, teria sido dispensado”, contou.

Houve a proposta de o noivo jurado se casar em outro dia, mas os casamentos na cidade são realizados apenas às quintas-feiras e alguém finalmente se lembrou da noiva, que provavelmente teria feito vários preparativos para o casamento. Diego, então, foi conduzido ao cartório acompanhado de um oficial de justiça para que a regra da incomunicabilidade fosse mantida.

O noivo, chegou desarrumado para o casamento. “Cheguei a pensar que ele estivesse brincando comigo”, contou a noiva, Joyce de Souza.

“Na hora eu fiquei brava sim, mas não havia o que fazer”, disse Joyce, que já perdoou Diego. “Não ia ter festa nesse dia, porque o casamento religioso já era no sábado. Mas tínhamos combinado de comer uma pizza, já como marido e mulher”, revelou Diego.

(Foto reprodução)

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