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Produtos saudáveis movimentam 93,6 bilhões em vendas

Manter o hábito da ali­mentação saudável está na moda, assim como uma peça de roupas. Pro­porciona qualidade de vida e é uma das melhores formas de pre­venção para qualquer doença. As pessoas vêm se interessando a cada dia por produtos saudáveis e, principalmente, de olho no car­dápio dos famosos.

Segundo os dados da agên­cia de pesquisas Euromonitor Internacional, no ano passado, o mercado brasileiro de alimen­tos e bebidas saudáveis alcan­çou R$ 93,6 bilhões em vendas, e com isso, o Brasil ficou na quin­ta posição no ranking dos gigan­tes desse setor. Nos últimos cin­co anos, as vendas avançaram a uma taxa média de 12,3%, a pre­visão desta pesquisa é que a ven­da dos produtos saudáveis cres­ça anualmente 4.4% até 2021.

Quem comemora com o su­cesso das vendas de produtos saudáveis é a empresária Juliana Quintino. Há quatro anos abriu uma das primeiras lojas em Goiânia neste segmento. No iní­cio acreditava que os seus prin­cipais clientes eram pessoas que frequentam academia, no en­tanto, 70% da clientela frequen­tam consultórios nutricionais e também pessoas que têm aler­gia alimentar.

A empresária salienta ainda que hoje as pessoas que procu­ram uma loja de produtos saudá­veis é semelhante a uma procu­ra por lojas de roupas, é a moda do momento, pois as pessoas se­guem as blogueiras e usam o que elas estão consumindo. “ A dieta do momento é a Lowcarb, e gra­ças a Deus estou vendo um cres­cimento neste ano e com certe­za ano que vem vai crescer mais ainda”, comemora.

O relatório Tendências Mun­diais de Alimentação e Bebidas 2017 relata bem o aumento das vendas de produtos como açú­car refinado, glúten, lactose ou aditivos químicos. Nesta pesqui­sa, mostra que quatro em cada cinco brasileiros estão dispostos a gastar mais se o alimento tiver maior valor nutricional. 79% dos entrevistados já substituem pro­dutos convencionais por outros mais saudáveis; 44% dão prefe­rência a produtos sem corantes artificiais; e 24% dos adultos bra­sileiros comeriam mais grãos in­tegrais, como linhaça e quinoa, se soubessem como utilizá-los no dia a dia.

MUDANÇAS

Após sentir-se criticada pela sociedade, a estudante Luiza Leydslaine Gomes Batista deci­diu mudar o hábito alimentar. Suas refeições que eram feitas de forma desregular, hoje são reali­zadas a cada três horas. Duran­te esse processo de mudança, a estudante reforçou as dificulda­des em retirar o arroz do cardápio. Além do hábito de se alimentar com produtos saudáveis, ela re­correu a medicamentos que auxi­liaram a conquistar o seu objetivo de manter o corpo saudável e feliz. Luiza, que antes pesava 108 qui­los, hoje comemora. “Com uma reeducação alimentar e o me­dicamento, eu consegui elimi­nar 22 quilos, estou me sentindo muito mais feliz, continuo com a reeducação, não tenho um car­dápio restrito, mas tudo em pe­quenas quantidades”, ressalta.

De acordo com a nutricio­nista Walquiria França, as pes­soas estão mais interessadas e mais preocupadas com a saú­de. Devido a essa preocupação o mercado de produtos sau­dáveis vem aumentando, en­quanto os produtos industriais vem diminuindo. “Muita gen­te que segue blogueira quer fa­zer igual, diante disso tem gen­te que faz algumas restrições como glúten, lactose, sem ne­nhuma necessidade. O públi­co hoje está optando por ali­mentos saudáveis, o número de consultas vem aumentan­do a cada dia, porque as pes­soas estão realmente valorizan­do e investindo na saúde”,diz.

A nutricionista comemo­ra, no entanto, ela relata que o aumento do mercado é por conta do aumento das infor­mações que estão sendo di­vulgadas e, por conta disso, as pessoas precisam ser bem orientadas para não fazer res­trições erradas e com isso ter problemas de saúde em de­corrência da falta de nutriente, diante disso, Walquiria orienta a buscar um profissional capa­citado para repassar as orien­tações corretamente. “Estamos passando por um bom momen­to, mas é preciso filtrar as infor­mações que são boas e confiá­veis para poder aplicar, senão passa de um extremo de exces­so para outro extremo que é a falta”, orienta.

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