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Caminhoneiros fazem protesto em Catalão

Caminhoneiros começa­ram ontem, 29, um protesto no município de Catalão co­brando o cumprimento do piso mínimo do frete rodo­viário. Os veículos estão pa­rados bloqueando as entradas das empresas da região e co­bram fiscalização da Agência Nacional de Transportes Ter­restres (ANTT). As rodovias não estão bloqueadas.

A manifestação reflete uma queixa geral dos caminhonei­ros de todo o país, que é a falta de fiscalização dos valores acor­dados. Eles reclamam que são forçados a trabalhar com uma remuneração menor do que o previsto, sob pena de serem in­cluídos numa espécie de “lista negra” das transportadoras e fi­carem impedidos de trabalhar.

Segundo o representante dos caminhoneiros, Wallace Landim, o piso foi uma con­quista da categoria com a gre­ve que parou o Brasil no mês de maio. Ele explicou que a mani­festação em Catalão é uma for­ma de exigir esse direito.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, Wallace Landim disse ainda que to­dos os caminhões que tiverem carregados abaixo do piso mí­nimo vão ter que voltar para as transportadoras. “Só vão sair aqui de Catalão dentro do piso mínimo”, afirmou.

CARONA

A prefeitura de Catalão pe­gou uma carona no movimen­to, e também se manifestou para cobrar o pagamento de impos­tos da mineração de nióbio so­negados nos últimos anos, se­gundo a administração pública.

Alguns tratores foram colo­cados na beira da estrada e so­bre a ferrovia bloqueado a en­trada e saída de transportes de carga das mineradoras. Uma au­ditoria independente consta­tou débitos no valor de R$ 105 milhões da Mineradora CMOC com a gestão municipal de Ca­talão. Conforme a prefeitura eles negociaram com a empresa vá­rias vezes, mas sem sucesso.

Apesar da prefeitura afirmar que a manifestação seria por tempo indeterminado, uma li­minar concedida ontem mes­mo, determinou o desbloqueio de trechos da ferrovia. A deci­são judicial foi expedida pelo juiz Marcos Vinícius Ayres Barreto.

Em nota, a Prefeitura de Cata­lão disse que cumpriu a determi­nação judicial, mas afirmou que não irá abrir a mão de lutar pe­los impostos que foram levan­tados pela sua auditoria “o que lesa profundamente o tesouro municipal”. A nota disse ainda, que a demanda com a CMOC e outras empresas do setor mine­ral continua pelas vias judiciais.

Já a CMOC afirmou em nota que está em dia com o paga­mento de todos os tributos ne­cessários para a sua operação e que o valor requerido pela prefeitura está em avaliação administrativa, pois “não cor­responde à realidade”

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