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Ciro Gomes chama Bolsonaro de''canalha, corrupto e irresponsável''

"Corrupto, canalha, mentiroso e irresponsável", foram com essas palavras que o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), chamou o presidente do Brasil Jair Bolsonaro (PSL), durante e palestra sobre ciência e tecnologia na Universidade Federal de Minas Gerais( UFMG) realizada na última quinta-feira (22/08) em Belo Horizonte.

Falando sobre a Amazônia, Ciro afirmou que a postura do presidente vai levar o país a sofrer um boicote da Europa. O ex-ministro ainda criticou a postura de Bolsonaro e disse que ele é um "canalha" ao culpar as Organizações Não Governamentais (ONGs) pelo aumento do desmatamento e a onda de recentes queimadas no país. "Lamento dizer do presidente do meu país que ele é um irresponsável, mentiroso", afirmou.

"Nunca vi a imagem do Brasil tão degradada, tão enxovalhada como estou assistindo hoje. Me apanho às vezes ameaçando a mim mesmo de defender (o Bolsonaro)porque não aguento ver o Brasil ser atacado. E isso vai passar da imagem para coisas muito práticas. Dentro de muito pouco tempo a Europa, que é a maior compradora de produtos agrícolas do Brasil, vai nos impor restrições importantes que vão deixar o país com fratura exposta", disse.

Sobre a balança comercial, o candidato derrotado à presidência disse que o buraco na balança comercial já é “assustador”, e é mascarado hoje pelo agronegócio e a mineração. De acordo com Ciro, as declarações de Bolsonaro vão incidir sobre isso e o Brasil pode ter restrições econômicas que vão pressionar o câmbio. “O dólar já passou de R$ 4 e dependendo da restrição, vai para R$ 5. É uma tragédia”, disse.

"Todo mundo está sabendo que ele demitiu o presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe, Ricardo Galvão), como quem quer condenar o termômetro pela febre. Ele cortou as verbas de fiscalização, autorizou 500 novos desmatamentos, não fez um gesto sequer para empoderar as estruturas de comando e controle sobre a Amazônia e o mundo inteiro sabe disso”, afirmou.

"Na Câmara, todo mundo sabia que o Bolsonaro tinha pelo menos cinco funcionários fantasmas que assinavam recibo e devolviam dinheiro para ele, prática essa que ensinou aos filhos”, disse.

Ciro Gomes falou ainda da tentativa do presidente de “filtrar” as produções culturais com apoio da Ancine. “A gente não devia se assustar com o que está acontecendo, nós elegemos esse monstro”, afirmou.

*Com informações do Correio Braziliense

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