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Juiz viaja para fazer audiência na casa de idosos que estão doentes

Por causa das condições de saúde de um casal de idosos que tem dificuldades para se locomover, um juiz realizou uma audiência na casa deles, em Bom Jardim de Goiás, na Região Noroeste do estado.

O casal não tinha como viajar para o fórum em Aragarças, distante 39 km. O processo trata da curatela dos aposentados (nomeação de alguém que ficará responsável por eles e pelos bens).

O juiz que fez a audiência, Jorge Horst Pereira, afirma que esse tipo de expediente aproxima a Justiça da comunidade e mostra o desejo em resolver as questões apresentadas.

"Quando se faz isso, mostra-se a presença do Judiciário. As pessoas passam a confiar e ver alguém acessível, que quer resolver o problema. Não um burocrata que fica sentado em uma cadeira no gabinete", destaca juiz.

Pereira afirma que já é "experiente" neste tipo de audiência. De acordo com ele, na região, existem muitos casos de idosos que não conseguem sair e precisam dos serviços da Justiça.

Ele acredita que essa deve ser a vigésima audiência que faz em casa. "A sensação que dá é que se não fosse isso, eles não teriam acesso à Justiça. Estariam desamparados, à margem do convívio social", afirma.

Filho de casal de idosos foi escolhido para cuidar dos pais e dos bens

Cristiano Batista de Vasconcelos, de 83 anos, e Dolorinda Roberto de Vasconcelos, de 79, moram em uma casa, possuem uma pequena propriedade rural e recebem aposentadoria no valor de um salário mínimo.

A audiência ocorreu no último dia 23 de outubro. Os dois idosos têm problemas de saúde e para se locomover. O homem, já bastante debilitado, sofre de mal de Alzheimer. Já a esposa, tem problemas de tireoide.

O processo foi proposto pelo Ministério Público e um dos filhos foi nomeado curador. A pedido do casal, outro filho, que também mora na residência, foi escolhido para o posto e caberá a ele a responsabilidade de cuidar dos pais e de seus bens.

Segundo o juiz, essa curadoria é, por enquanto, temporária e no final deste mês, o casal será submetido a uma perícia, para comprovar a real situação dos idosos. Após o resultado e se não houver nenhum tipo de manifestação contrária, o filho permanecerá como curador de forma definitiva.

Com informações do G1

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