Durante retomada da aplicação de primeiras doses de vacinas contra Covid-19 em Goiânia, servidores da Saúde notaram novamente frascos de CoronaVac com menos de dez doses, que é o padrão descrito no rótulo.
Neste sábado (17), a técnica em enfermagem Antônia Bastos Silva estava trabalhando na aplicação das vacinas quando notou o problema em um dos frascos. Em Goiás, a primeira denúncia desse problema foi feita em reunião com o governo estadual e os gestores locais foram orientados a notificar o Ministério da Saúde (MS).
“Foram aspiradas nove doses. Sobrou um restante aqui, mas não vai dar as dez. A gente faz o controle com a seringas e anotações”, contou.
Outros estados também relataram situações similares.
A questão foi levantada pelo Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Goiás (Cosems) inicialmente no último dia 8 de abril. Na ocasião, a presidente do órgão, Verônica Savantim, disse que recebeu relatos de frascos com nove, oito e até sete doses ao invés de dez. Até esta data, Goiânia já havia contabilizado mais de 4 mil doses "perdidas".
Após essas denúncias, o Instituto Butantan anunciou que iria revisar a bula da vacina CoronaVac, mas que o uso de seringas e agulhas não recomendadas potencializa a perda do imunizante.
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) explicou que, “ao longo dos últimos dias, o estado foi informado por diversas cidades sobre frascos com menos doses”. No entanto, a pasta não especifica quantos municípios relataram esse problema.
A SES disse ainda que as queixas foram repassadas à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e ao MS.