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Acidentes com mortes em Goiânia aumentam 7%

Apesar da pandemia e do isolamento social, Goiânia teve aumento de 7% no número de acidentes fatais no trânsito em 2019 e 2020. O número de óbitos passou de 168 para 180.

É o que mostra estudo realizado pela Subcomissão de Análise de Dados e Gestão da Informação do Programa Vida no Trânsito, composta por representantes das secretaria de Saúde municipal e estadual, Secretaria Municipal de Mobilidade e Secretaria de Segurança Pública do Estado. Uma ampla análise do estudo foi apresentada pelo secretário de Saúde, Durval Pedroso, na tarde desta terça-feira (22).

Ainda segundo o levantamento, a maioria dos acidentes fatais ocorreu nos finais de semana e segundas-feiras, no período noturno. A maior parte dos óbitos foi de pessoas residentes em Goiânia, sendo que 76% eram do sexo masculino, com idades entre 20 e 59 anos.

O tipo de vítima segundo o meio de transporte são: 1º motociclistas, com 101 mortes; 2º pedestre, 36 vítimas e 3º ciclista, com 17 óbitos. O número de ciclistas mortos no trânsito teve aumento de quase 100% em relação a 2019, mas nenhum caso ocorreu em ciclovias.

Durval Pedroso destacou os reflexos dos números na área da Saúde. “Violência no trânsito impacta diretamente em três áreas: crescimento da ocupação de leitos, aumento na realização de cirurgias de alto custo e sequelas. Importante destacar também que a perigosa associação de velocidade e álcool continua ceifando vidas em nossa cidade”, pontuou.

Com os dados coletados, a Secretaria Municipal de Mobilidade busca, por meio de análises, evitar o aumento de vítimas fatais no trânsito. As ações envolvem desde do trabalho educativo a intervenções, seja na parte de sinalização horizontal, vertical e semafórica, a mudanças na infraestrutura do local, caso constatada a necessidade. “O papel principal da SMM é reduzir os acidentes e mortes violentas no trânsito. Essa é a nossa missão”, disse o secretário de Mobilidade, Horácio Mello.

Horácio destacou que os órgãos de saúde são os mais impactados com os acidentes, por isso, toda ação da pasta é voltada para a proteção dos mais frágeis.

”Nossa sinalização prioriza a faixa de pedestre não semaforizada, o motobox, a recuperação da malha cicloviária e ciclorrotas para quem queira aderir ao modal bicicleta. Além disso, as ações das nossas equipes de educação e fiscalização para o trânsito são no mesmo sentido. É uma parceria de ciência no trânsito para reduzir esse drama social, essa tragédia anunciada que é a violência no trânsito para qual não tem vacina, a não ser a mudança de comportamento”, afirmou o titular da SMS Goiânia.

Os principais fatores
1º velocidade, 51 óbitos (45% dos casos);
2º álcool, 34 óbitos (33% dos casos);
3º infraestrutura, 9 óbitos (8% dos casos).
Outros fatores levantados Conduta de risco;
1º) conduzir sem CNH (23%);
2º) não manter distância mínima (17%);
3º) avanço de sinal (14%), 17 pessoas foram a óbito por avançar o sinal; Fatores e gravidade:
Não uso do cinto de segurança ou da “cadeirinha” (Dispositivo de Proteção de Criança);
Motociclista: principal acidente foi de abalroamento com um automóvel; Pedestre: principal acidente foi de atropelamento por um automóvel, em seguida por uma motocicleta;
Condutor/passageiro de automóvel: principal acidente foi choque contra objeto fixo ou parado.

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