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Uso exagerado de celular pode gerar graves problemas psicológicos

As novas interações nas redes sociais vem criando uma dependência cada vez maior dos smartphones. Já se tornou comum checar o celular antes de dormir ou logo ao acordar e acabar passando horas com os olhos vidrados naquela pequena tela.

Esse comportamento pode se tornar um vício e já atinge 12% dos norte-americanos, de acordo com dados do Center for Internet and Technology Addiction.

"O celular ativa continuamente o Sistema de Recompensa, estrutura do cérebro que recebe toda atividade prazerosa. Esse estímulo constante é o que gera dependência, em um processo similar à atuação de drogas ilícitas", afirma o psicólogo e professor Ivo Carraro.

O uso descontrolado de celular pode causar transtornos psicológicos como ansiedade e depressão. O transtorno, inclusive, já tem uma definição: nomofobia, que é o medo de ficar sem o celular.

Outro agravo é a dificuldade sociabilização, que leva ao isolamento.

Ivo Carraro explica que "os humanos são seres de linguagem verbal e sociabilidade acentuadas. Quando se comunicam somente por mensagens, que são ‘mudas’, a palavra falada é eliminada e a inépcia social aumenta, agravando quadros depressivos".

A luz azul do celular pode também causar insônia, isso porque o cérebro entende que, com essa luz, ele deve ficar alerta e, desse modo, a melatonina, o hormônio do sono, é inibida.

Como prevenir e tratar

Carraro sugere alterações de hábitos, como diminuir o tempo de uso do aparelho, evitar usá-lo antes de dormir, ficar longe do aparelho durante alguns horários do dia ou até mesmo desligá-lo.

"O celular exige atenção e concentração. Quando usamos o aparelho enquanto fazemos outras tarefas, estamos nos distraindo de nossas atividades. Menos uso do celular, portanto, significa desempenho melhor no trabalho ou nos estudos, além de um relacionamento mais saudável com amigos e familiares", sustenta.

Nos casos de dependência grave, complementado com ansiedade e depressão, se faz indispensável o acompanhamento psicológico e/ou psiquiátrico.

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