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As chuvas nesse trimestre não serão suficientes para encher os reservatórios de água

A primavera está chegando nesta próxima semana, no dia 22 de setembro às 16h21 ( horário de Brasília). Neste ano indica probabilidade de chuva acima da média no Norte, Centro e Leste do Brasil nesse próximo trimestre, mas que, não será suficiente para encher os reservatórios.

Nos principais reservatórios do país, os níveis de água continua baixando muito rápido. A situação é de extrema preocupação no conjunto de hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste, que concentra 70% de toda a água armazenada no Brasil.

"A primavera é uma estação de transição, ela está entre o inverno e o verão, por isso ela tem características de ambas as estações, ou seja, normalmente temos dias mais quentes e secos e outros dias mais chuvosos e com temperaturas mais baixas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste", explica César Soares, meteorologista da Climatempo.César Soares, Meteorologista da Climatempo.

A primavera significa o retorno das chuvas e o aumento do calor, para algumas áreas do Brasil, e essa estação termina em 21 de dezembro.

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), as previsões para a estação neste ano são:

  • Chuva acima da média nos seguintes estados: AM, RR, PA, TO, AP, MA, PI, CE, RN, oeste de PE, oeste da BA, norte e leste de MG, norte de GO, DF, extremo norte e extremo leste de MT, norte e leste de MG, sul do ES, oeste e norte do RJ e extremo sudeste de MS;
  • Chuvas abaixo da média histórica nos estados da região Nordeste, parte de MS e SP, sul de MG, oeste do PR e de SC;
  • Temperaturas mais altas do que a média histórica na parte central e nordeste do Brasil;
  • Temperaturas abaixo da média em áreas do Norte do Brasil;
  • Fenômeno La Niña poderá impactar nas chuvas no Sul do Brasil;

La Niña e o resfriamento da temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico Tropical Central e Orienta. Esse fenômeno natural gera grandes mudanças nos padrões de precipitações e temperaturas do globo terrestre.

O volume das chuvas na região Sul do país poderá ser afetado, segundo o Inpe.

“É importante destacar que esta previsão não descarta a ocorrência de eventos expressivos de chuva nas áreas do sul do Brasil. No entanto, o possível desenvolvimento e atuação do fenômeno La Niña poderá gerar condições de déficit de precipitação no final do trimestre em parte do Sul do Brasil”.

Segundo a meteorologista do Climatempo, Patrícia Diehl Madeira, " há 90% de chances da La Niña ser mais fraca e de curta duração".

Além da alteração das chuvas no Sul devido ao La Niña, o Sudeste também será afetado pelo aquecimento do Atlântico.

"Não há uma grande favorabilidade para chuvas. No Sul, devido ao La Niña e no Sudeste por causa do Atlântico mais aquecido", afirma Madeira.

Previsões de chuvas para o trimestre

O regime de chuvas é um dos pontos mais sensíveis desta primavera:

  • Outubro

De acordo com uma previsão feita pela Climatempo para esse trimestre, no mês de outubro irá chover mais do que a média histórica. Porém, o volume de chuvas ainda não será suficiente para solucionar o problema de energia elétrica.

"Para começar a subir reservatório, eu preciso ter 100 milímetros de chuvas em cinco dias porque antes de encher os reservatório eu preciso umedecer o solo. Então, mesmo que chova mais do que a média em outubro, ainda não será o necessário para diminuir o custo da energia", explica Patrícia Diehl Madeira.

  • Novembro

Em novembro a temperatura podem subir. As chuvas, que em outubro foram maiores que a média histórica, neste mês se tornam irregulares.

"As chuvas são serão homogêneas, mas poderá existir pancadas de chuvas. O maior ganho das chuvas nesse período será segurar as ondas de calor e umedecer o solo", diz Patrícia Madeira.

  • Dezembro

Dezembro deve ser o mês mais crítico do trimestre, registrando volume de chuvas abaixo da média histórica para o período.

"Isso não quer dizer que não vai chover. Isso não quer dizer que não teremos grandes temporais, mas que a quantidade de chuva esperada para o mês será menor do que a média e a temperatura será maior do que o normal", diz Patrícia Madeira.

#Com Informações do G1

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