Vereador tira o cinto e diz que colega merecia apanhar, durante sessão em Goiânia
Redação DM
Publicado em 21 de outubro de 2021 às 17:16 | Atualizado há 4 anos
O vereador Sargento Novandir (Republicanos) ameaçou o colega Gerverson Abel (Avante), ao tirar o cinto e dizer que ele precisava apanhar durante a sessão plenária na quarta-feira, 20. O motivo da discussão foi o arquivamento de um projeto que previa a reativação de uma creche.
Novandir acusou Geverson Abel de articular votos com outros parlamentares para não dar continuidade ao projeto.
“Eu, em algumas vezes, já bati em moleques na rua, bandidos, quando tentaram me agredir. Mas você vereador, vou ser sincero, tinha vontade de tirar esse cinto aqui e te dar um couro de cinto”, gritou o parlamentar.“Eu, em algumas vezes, já bati em moleques na rua, bandidos, quando tentaram me agredir. Mas você vereador, vou ser sincero, tinha vontade de tirar esse cinto aqui e te dar um couro de cinto”, disse Novandir.
O vereador, então, tira o cinto e bate na mesa, continuando com as ameaças.
“Quando a gente pega moleque covarde e o pai e a mãe educa, queria te educar com cintada no seu lombo. Infelizmente não posso fazer isso. Mas o senhor merecia isso vereador. Talvez tenha sucesso aqui na terra, mas vai queimar no fogo do inferno”, ameaçou o parlamentar.
Geverson disse em nota que repudia qualquer forma de violência e que não tem envolvimento com o projeto arquivado da creche.
O presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, Anselmo Pereira, afirmou que sem reclamação formal, não é possível averiguar o comportamento de Novandir.
“Houve praticamente uma ofensa indireta. Ela não foi totalmente ao vereador. Mas na nossa interpretação, se houver a reclamação do vereador Geverson Abel, nós teremos que apurar”, disse Anselmo.
O cientista político Guilherme Carvalho cita que o ocorrido foge do papel de vereador e é um mau exemplo para os eleitores.
“Isso é extremamente danoso para a saúde da democracia e para a cultura política. Não leva a nada e dá mau exemplo para a sociedade. O eleitor fica sem a política pública e acaba exposto diante das câmeras em uma situação de extrema vulnerabilidade”, avalia.
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